Entrevistas

Desburocratizar: veja quais são os objetivos de Diego Guimarães na ALMT

Eleito deputado estadual, o vereador por Cuiabá também não descarta concorrer nas eleições para Mesa Diretora

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Desburocratizar: veja quais são os objetivos de Diego Guimarães na ALMT
(Foto: Assessoria / Thayson Claudio)

Com 25.907 votos, o vereador por Cuiabá, Diego Guimarães (Republicanos) foi eleito deputado estadual durante o pleito de 2022. Uma das propostas prioritárias a serem levadas para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) é a desburocratização do licenciamento ambiental e regularização fundiária.

Pautas como saúde e educação pública também seguem no radar do parlamentar. Diego adianta ainda que coloca o seu nome à disposição para a Mesa Diretora da Casa de Leis estadual, segundo afirma em entrevista ao LIVRE.

Sobre a proposta de tornar o processo ambiental e de regularização fundiária menos burocrático, Diego reconhece que a pauta não é simples, mas garante que será tratada no parlamento, certamente.

Conforme o projeto do deputado estadual eleito, os processos seriam realizados pelas certificadoras privadas, que ficariam com as fases como validação de documentos, atestado de vistorias, entre outras, enquanto o estado ficaria, apenas, com a emissão do título ou da licença.

“Isso seria um ganho gigante para quem depende ainda da regularização fundiária, a qual, além de simplesmente dar o direito a quem hoje tem uma posse para que tenha a propriedade, que lhe é de direito, que lhe é merecida, vai também facilitar para que a pessoa possa investir, financiar, empreender. E quando a gente pensa no licenciamento ambiental, como as licenças de permissão, de instalação ou de operação, isso daria muita celeridade, aumentando a segurança jurídica quanto ao tempo, diminuindo a possibilidade da maldita corrupção. O estado ganhará ao tirar de si esse grande fardo que é o acompanhamento desses tipos de processos”, explica.

Quanto a saúde pública, a proposta é criar uma Delegacia da Saúde. Na avaliação de Diego, é necessário ter uma unidade especializada porque há pormenores que precisam ser averiguados, por isso necessita de um trabalho diferenciado de apuração.

“Quando se trata de saúde há um elemento jurídico, por exemplo, chamado emergência fabricada, que é quando o poder público não compra intencionalmente um produto para que possa depois adquirir por dispensa, compra emergencial, enfim. São detalhes muito difíceis de serem comprovados e, por isso, facilita, e muito, para que a saúde seja um dos grandes gargalos da corrupção”, pontua.

Sobre a educação, o deputado estadual eleito diz que o trabalho será em prol da educação inclusiva e também pela modernização do ensino. Diego defende que é necessário pensar em elementos para trazer a tecnologia para dentre da sala de aula.

A implantação do novo ensino médio, com o ensino profissionalizante, e a construção de mais escolas militares e cívico-militares também são outras propostas do parlamentar que adianta o interesse de integrar a Comissão de Educação.

Mesa diretora

(Foto: Assessoria / Thayson Claudio)

Com relação a Mesa Diretora da ALMT, Diego afirma ter interesse em concorrer as eleições e informa já estar em diálogo com outros parlamentares. Na avaliação de um dos novos nomes a integrar o time de deputados estaduais, é hora de uma mudança e de acabar com a “dobradinha” entre Eduardo Botelho (DEM) e Max Russi (PSB).

“Talvez esteja na hora de uma mudança e colocar nomes novos. O meu nome estará à disposição, farei essa discussão com os outros parlamentares a partir da semana que vem”, diz.

Reeleição de Bolsonaro

Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, Diego avalia que o maior desafio tem sido combater as informações falsas que têm sido divulgadas, como por exemplo, do fim do auxílio Brasil ou do reajuste do salário mínimo, caso o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL) seja reeleito.

“A desinformação tomou conta dos eleitores e é tão propagada que chega a se tornar uma informação, ainda que inverídica. Então, eu vejo que o mais difícil tem sido combater a desinformação promovida pelo Partido dos Trabalhadores”, critica.

Apesar disso, Diego acredita que Bolsonaro conseguirá a vitória no domingo (30), mesmo que com uma vantagem pequena no número de votos. Aqui no Estado, o político indica três pilares importantes que podem contribuir com esse resultado.

O primeiro deles, detalha o parlamentar, é a concessão da BR-163 saindo da Concessionária Rota do Oeste e vindo para o Estado, pelo MT-PAR, que tem a promessa de realizar as duplicações necessárias e não feitas pela empresa particular.

O segundo é a construção das ferrovias que cortarão Mato Grosso, trazendo uma nova fase para o Estado, que sairá da sua produção primária, o agro, para a industrialização, diz Diego.

Por fim, o terceiro apontamento, é que a sete dos oito deputados federais eleitos são pró-Bolsonaro, o que pode resultar em mais interlocução com o presidente e mais liberações em prol dos mato-grossenses.

(Foto: Assessoria / Thayson Claudio)

Para Diego, se o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva vencer, esses projetos podem não ter continuidade.

Se o Lula ganhar, esse processo de concessão da BR-163 vai ser finalizado? Muda-se a diretoria, mudam-se os interesses, a postura e se o PT não quiser terminar o processo? As ferrovias serão implantadas?”, questiona. “Quem garante que não terá retaliação assim como houve com Minas Gerais?”, completa, referindo-se às críticas que o petista tem feito ao governador mineiro reeleito, Romeu Zema (Novo) que tem apoiado Bolsonaro no segundo turno.

Sobre um resultado negativo para o presidente, Diego acredita que o candidato direitista respeitará e não questionará.

Eu acredito que ao final das eleições haverá o fortalecimento das instituições e o resultado será respeitado. Mesmo que venha fora das quatro linhas da Constituição (Federal), por conta de algumas atitudes do Lula. Eu não acredito que deva acontecer nenhum rompimento na estabilidade democrática que o Brasil tem”, conclui.

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