Mato Grosso

Deputados querem limitar gasto de dinheiro público com artistas nacionais

Proposta obriga a contratação de artistas regionais para eventos financiados com dinheiro público e destina um percentual mínimo a ser pago

2 minutos de leitura
Deputados querem limitar gasto de dinheiro público com artistas nacionais
(Foto: Vishnu R Nair / Pexels)

Deputados estaduais de Mato Grosso tentam montar um projeto de lei para regular a contratação de artistas por entidades públicas. A proposta é limitar o valor dos contratos e exigir que artistas regionais tenham contratação garantida. 

O projeto vem sendo articulado pelos deputados Janaína Riva (MDB) e Eduardo Botelho (União Brasil), na esteira da polêmica sobre os valores altos pagos por municípios para artistas nacionais, principalmente do meio sertanejo. 

Conforme Botelho, órgãos públicos e as emendas parlamentares deverão ter limite de valores. A avaliação inicial é de que proporção seja de 30% e 70% para artistas regionais e nacionais, respectivamente, do dinheiro público que ficar disponível. 

“O pessoal não pode querer pagar milhões para artistas nacionais e R$ 1 mil para os artistas locais, quando eles são chamados. É preciso valorizar os nossos artistas. Não sabemos ainda como será a regra, mas talvez de 30% e 70% já seria bom”, comentou. 

Essa regra pode entrar como emenda a um projeto de lei da deputada Janaína Riva. O texto, que tramita na Assembleia Legislativa desde dezembro do ano passado, torna obrigatória a contratação de cantores, instrumentistas e bandas regionais para eventos culturais que sejam financiados com dinheiro público. 

“A gente quer deixar o dinheiro da cultura de Mato Grosso, para quem é de Mato Grosso, para a história de Mato Grosso. É uma forma de valorizarmos quem é daqui, a história daqui”, disse. 

MP já está de olho

O Ministério Público do Estado (MPE) investiga o pagamento de 24 prefeituras a artistas nacionais, contratados para apresentação em eventos públicos, a maioria deles de aniversário de municípios. 

Informações são de que milhões teriam sido pagos por cidades cujo valor não corresponde à estrutura econômica. Outros R$ 340 mil, distribuídos por cinco parlamentares via emendas para a Marcha Para Jesus, são analisados pelo órgão. 

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