O presidente do PSC em Mato Grosso, o deputado federal Victorio Galli, afirmou que a sigla sofreu retaliações do governo estadual por apoiar a candidatura de Emanuel Pinheiro (PMDB) a prefeito de Cuiabá. O parlamentar disse que tinha a indicação de seis cargos no governo Pedro Taques (PSDB), os quais perdeu em razão da disputa em Cuiabá em 2016.
Por conta disso, hoje o PSC não se considera na situação. Ele negou, por outro lado, que o partido esteja na oposição, como foi anunciado por oposicionistas como o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) e o senador Wellington Fagundes (PR) em reunião na semana passada.
“Eu não estou na oposição. E também não estou na situação. Depois que apoiamos Emanuel Pinheiro, ficamos um tanto esquecidos, perdemos os cargos todos no estado”, afirmou Galli em entrevista à Rádio Capital. “Tínhamos mais de seis cargos no governo, e a promessa de ir colocando mais pessoal para trabalhar. Mas infelizmente isso foi cortado”, disse.
Questionado se as exonerações haviam sido uma resposta do governador ao apoio que o PSC deu a Emanuel, Galli foi categórico. “Ah, foi sim. Tenho certeza que foi. Mas isso não me deixa com mágoa do governo. Se for olhar por esse lado, vamos deixar de ajudar Mato Grosso. Mas eu me sinto neutro hoje. Não estou participando [do governo]”, disse.
Por outro lado, a compensação pelo apoio a Emanuel ainda não veio a contento, segundo o deputado. Ele lembrou que o PSC tem dois integrantes do primeiro escalão, Mabel Strobel (Educação) e o coronel Leovaldo Sales (Ordem Pública). Porém, afirma que nenhum dos dois tem indicados na equipe para tocar a pasta.
“E espero que o Emanuel nos compense hoje aqui em Cuiabá. Estamos aguardando. Não sei se já está na hora ou não. O PSC hoje está com duas secretarias, mas temos só o secretário, não temos ninguém comissionado para o trabalho. Estamos dando tempo ao nosso prefeito. Ele está em lua-de-mel. Essa lua-de-mel vai acabar um dia e queremos ver o que vai acontecer”, disse.
