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Denúncia aponta Faiad como membro de organização criminosa

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Denúncia aponta Faiad como membro de organização criminosa

Depoimentos de três testemunhas embasaram a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o advogado Francisco Faiad na Operação Sodoma. Outros 16 suspeitos de envolvimento, entre eles o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o ex-secretário adjunto de Transporte e Pavimentação Urbana, Valdísio Juliano Viriato, também foram implicados.

Ex-secretário de Administração na gestão de Barbosa, entre janeiro e dezembro de 2013, Faiad foi preso no dia 14 de fevereiro e solto uma semana depois. Durante as investigações, outros três ex-secretários daquela administração, Pedro Elias, César Zílio e Pedro Nadaf, indicaram o advogado como membro efetivo da suposta organização criminosa comandada pelo ex-governador.

A denúncia aponta que “a atuação coordenada” da organização comprova que as nomeações de Faiad, Zílio e Elias “foram estrategicamente arquitetadas por Silval Barbosa com o propósito de arregimentar e instalar membros com o perfil adequado a acharcar os empresários que prestavam serviços ao Estado”.  

Elias disse, em depoimento, que o advogado foi nomeado para resolver questões financeiras da campanha de 2012 (quando Faiad foi candidato a vice-prefeito de Cuiabá, em chapa encabeçada pelo petista Ludio Cabral). Segundo a testemunha, o contato de Faiad era diretamente com Silval, com quem conversava reservadamente na maioria das vezes. Pedro Nadaf contou em depoimento em Faiad teria empenhado uma nota fiscal de serviços gráficos no valor de R$ 7 milhões relacionada a um serviço nunca executado.

O esquema investigado nesta fase da Operação Sodoma desviava recursos públicos por meio da compra fictícia de combustível para a frota estadual. “Foi apurado que a organização criminosa solicitou e recebeu vantagem indevida  de R$ 3,05 milhões entre outubro de 2011 a dezembro de 2014, da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda. Em contrapartida, foram fraudados três pregões presenciais que viabilizaram a permanência da referida empresa na condição de fornecedora de combustível para o abastecimento de toda a frota do Poder Executivo Estadual”, disse a promotoria, em nota.

Faiad nega envolvimento com o suposto esquema. Em entrevista concedida logo após ser solto, disse que estava sendo vítima de uma “grande injustiça”. “Todos estes fatos que me foram imputados não são verdadeiros, eu tenho a minha consciência tranquila”, afirmou.

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