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Delatores da Odebrecht dizem que Maggi recebeu R$ 12 milhões

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Delatores da Odebrecht dizem que Maggi recebeu R$ 12 milhões

“Éder teria solicitado pagamento de vantagem indevida a fim de propiciar o recebimento dos créditos, valores que seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição do governador”

Citado na delação premiada de dois executivos da Odebrecht nas investigações da operação Lava Jato, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), é identificado como “Caldo” no sistema da empreiteira denominado Drousys, onde era feita a comunicação interna de funcionários.

Segundo inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro teria recebido R$ 12 milhões para a campanha de 2006, quando venceu a reeleição ao governo de Mato Grosso. 

Nesta terça-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Lava Jato, autorizou a abertura de inquérito contra Maggi. Outros oito ministros do presidente Michel Temer (PMDB) também passaram a ser investigados. 

Dívida e propina
Conforme o inquérito nº 4.447, as informações relativas ao ministro da Agricultura partiram dos executivos João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto.

Eles relataram que a Odebrecht tinha valores a receber do governo de Mato Grosso por obras realizadas, mas não conseguia a liberação do pagamento. O pedido de propina, em troca desse pagamento, teria sido feito por Éder Morais, então secretário de Fazenda.

“Menciona-se que Éder de Moraes Dias, agente público estadual, teria solicitado pagamento de vantagem indevida a fim de propiciar o recebimento dos créditos em comento, valores que seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição do então Governador do Estado do Mato Grosso Blairo Maggi. O solicitante, inclusive, teria mencionado que o pedido era de conhecimento do então Governador, surgindo o repasse de R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais).”

Outro trecho do inquérito revela que o codinome de Maggi utilizado pelo “setor de operações estruturadas”, o departamento de propina da Odebrecht, era “caldo”. Por meio de nota, Blairo negou as acusações e disse ter a “consciência tranquila”. 

 

Leia a íntegra:

 

“Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que:
1.    Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais.
2.    Não tenho ou tive qualquer relação com  a empresa ou os seus dirigentes.
3.    Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado.

Blairo Maggi”

 

 

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