A rebelião na penitenciária Ferrugem, em Sinop, foi iniciada por uma rixa entre organizações criminosas, informou o governo. Cinco detentos já foram mortos – um deles decapitado – na rebelião iniciada na unidade desde a manhã desta terça-feira (11). Além dos chuços (armas artesanais), os presos também contam com dois revólveres e dominam duas alas do local.
A unidade prisional tem capacidade de 326 vagas, mas atualmente abriga mais de 800 detentos.
Uma fonte do LIVRE apontou esses grupos rivais como sendo o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). O primeiro seria maioria no presídio e teria tentado invadir uma das alas para atacar os integrantes do PCC. Dezessete presos ficaram feridos.
Logo pela manhã, a cúpula da Segurança Pública se deslocou para a penitenciária. Além de Siqueira, o secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Jorge Luiz de Magalhães, estão no local.
Madrugada
Conforme o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, a rebelião começou entre 5h30 e 6h. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes se preparavam para a troca de serviço. “A torre observou uma movimentação estranha e os servidores foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul e foram recebidos com disparos de arma de fogo. Nesse momento iniciou-se um confronto armado”, relatou o secretário.
Siqueira contou que, mesmo com o confronto, os agentes não recuaram. “Essa posição foi fundamental para que os detentos não tomassem toda a unidade”, informou.
Presos identificados
Quatro dos cinco presos foram identificados: Reginaldo Agostinho, Bruno Aparecido Bezerra, Marcelo Viturião Carvalho e Isauro Pedro Gonçalves. Este último, segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, sofreu um infarto durante a rebelião e foi socorrido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu.