Aproximadamente R$ 4,5 milhões enviados mensalmente pelo governo federal para a Prefeitura de Cuiabá passarão a aportar nos cofres do governo de Mato Grosso. O recurso é o “Teto MAC”, destinado ao financiamento de atendimentos em saúde de média e alta complexidade, uma verba repassada pela administração do município à Santa Casa de Misericórdia.

“O Teto MAC vai para o governo, não vem mais para Cuiabá. Isso é automático e não tem o que discutir. É recurso do Ministério da Saúde pelo atendimento de média e alta complexidade para Cuiabá para passar para Santa Casa. Mais ou menos R$ 4,2 milhões a R$ 4,5 milhões por mês”, explicou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

Fechada desde 11 de março, a Santa Casa ainda não tem data para reabrir, de acordo com o governador Mauro Mendes (DEM), que na semana passada, decreto uma “intervenção” do Estado no hospital filantrópico. Passados seis dias, a gestão democrata ainda elabora um relatório preliminar da situação em que a unidade se encontra.

Na segunda-feira (6), a edição do Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe a designação de 7 servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para realizar o levantamento. Dentre eles, 6 são engenheiros e uma é arquiteta.

O engenheiro eletricista Julio Mangini Fernandes Neto é o presidente da comissão e está autorizado a solicitar informações e documentos aos Cartórios de Registro de Imóveis de Cuiabá, Prefeitura e demais órgãos públicos relativos aos trabalhos à serem desenvolvidos. A previsão do governador é ter um resultado em mão até o dia 20 de maio. 

Para dirigir a Santa Casa, o governo do Estado escolheu o ex-secretário de Planejamento da Assembleia Legislativa Abílio Camilo Fernandes. Emanuel Pinheiro disse não conhece-lo profundamente, mas que lhe parece alguém com perfil para tocar a unidade hospitalar. Nesta terça-feira (7), o emedebista pontuou apoiar 100% a decisão do governo de assumir o controle do hospital.

Emanuel só defendeu que o Estado mantenha o nome “Santa Casa”. A manifestação foi feita diante dos rumores de que o governo pretende mudar o nome para Unidade Hospitalar de Alta Complexidade do Estado, uma vez que será o primeiro hospital da Capital tocado exclusivamente pelo governo.

“Acho que é bola fora, mesmo que seja fantasia. São 202 anos de história. É um nome que está enraizado na alma da cuiabania e de Mato Grosso. Além disso, existe no país inteiro. [As Santas Casas] são precursoras do SUS. Acho que devem rever isso. A Santa Casa é patrimônio de Cuiabá e de Mato Grosso”, defendeu o prefeito.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes