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Coronel Lesco e empresário foram ouvidos pela Polícia Civil no caso dos grampos

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Coronel Lesco e empresário foram ouvidos pela Polícia Civil no caso dos grampos

Ednilson Aguiar/O Livre

coronel Evandro Alexandre Lesco

O coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco e o empresário José Marilson da Silva foram ouvidos na tarde desta segunda-feira (02) pela Polícia Judiciária Civil (PJC) no caso dos grampos. Os dois foram presos no último dia 27 de setembro durante a deflagração da Operação Esdras, que investiga um possível caso de obstrução das investigações dos grampos operados por militares ligados à cúpula do governo do Estado.

Os delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Stringueta realizam as oitivas dos investigados no Complexo Miranda Reis. Lesco teria custeado parte das despesas do escritório montado para as interceptações telefônicas. Até o momento, o coronel é investigado por ter adquirido os equipamentos e também financiado o aluguel de uma sala comercial no edifício Master Center.

Além disso, de acordo com o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mesmo depois de ser colocado em prisão domiciliar, Lesco teria continuado praticando crimes, alguns por meio de sua esposa, Helen Christy – ela teria atuado para cooptar o tenente-coronel José Henrique Soares em um plano para tirar Perri da relatoria do caso dos grampos.

José Marilson foi ouvido no início da tarde. O empresário é apontado como um possível responsável pelo sumiço dos equipamentos que foram utilizados para a realização das interceptações telefônicas entre agosto de 2014 e outubro de 2015.

Á época, Marilson era sócio da Simples IP, empresa que forneceu o rack do sistema Sentinela e a placa Wytron – de acordo com o desembargador Orlando Perri, o empresário desenvolveu o sistema para as escutas ilegais. Outros supostos integrantes da organização criminosa devem ser ouvidos até sexta-feira.

As interceptações telefônicas conhecidas como “barriga de aluguel” teriam sido realizadas por militares de Mato Grosso contra diversas autoridades e profissionais do Estado. Telefones da deputada estadual Janaína Riva (PMDB), dos advogados José Antônio Rosa e José do Patrocínio, do desembargador aposentado José Ferreira Leite, do jornalista José Marcondes “Muvuca”, entre outros, teriam sido interceptados ilegalmente no caso.

Os números foram inseridos em diversas operações policiais com as quais as pessoas interceptadas não guardavam qualquer relação.

A Operação Esdras foi deflagrada contra pessoas que tentavam supostamente barrar as investigações dos grampos. Foram presos na última quarta-feira os então secretários coronel Airton Siqueira (Justiça e Direitos Humanos) e Rogers Jarbas (Segurança Pública). Também foram presos à ocasião os ex-secretários Paulo Taques e coronel Lesco.

Também foram presos a esposa de Lesco, Helen Chirsty Carvalho Dias Lesco, o sargento João Ricardo Soler, o major Michel Ferronato e o empresário José Marilson.

O advogado Marciano Xavier das Neves teve um pedido de prisão transformado em medidas cautelares – com uso de tornozeleira eletrônica.

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