No segundo dia de julgamento, o júri condenou Guilherme Dias de Miranda e Wallisson Magno de Almeida pela morte do personal trainer Danilo Campos, em Cuiabá. Os dois foram condenados a 20 anos, em regime fechado, e 9 anos, no semiaberto, respectivamente. O julgamento aconteceu mais de 4 anos após o assassinato.
A sentença da dupla foi proferida no final da tarde desta terça-feira (5). Os jurados decidiram que Guilherme deveria ser condenado por homicídio qualificado pelo motivo torpe, ou seja, vingança pelo caso extraconjugal da esposa com o personal trainer, e por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Já a condenação de Wallisson desconsiderou a segunda qualificadora, por isso a pena foi menor e o regime de cumprimento determinado como semiaberto.
A juíza Mônica Catarina Perri Siqueira determinou que seja colocada a tornozeleira eletrônica no rapaz.
Recurso
Ainda em plenário, o promotor Vinicius Gahyva interpôs recurso com relação a pena de Wallisson. “É o mesmo fato para os dois, o mesmo recurso utilizado”, argumentou.
Apesar disso, o representante do Ministério Público do Estado avalia que foi feita Justiça, dentro do previsto pela promotoria.
Gahyva, inclusive, frisou que o trabalho realizado pela Polícia Civil é digno de elogio, afinal, as provas coletadas e as investigações levaram a esse resultado obtido hoje.
O crime
Danilo era filho de Nilo Campos, ex-vereador por Várzea Grande, e tinha 28 anos quando foi morto, em novembro de 2017. O personal trainer foi atingido por cinco tiros, após sair da academia onde trabalhava.
Após as investigações, a polícia chegou aos nomes de Guilherme e Wallisson. Porém, a dupla já tinha fugido para São Paulo. Eles foram presos no dia 9 de março de 2018.