Judiciário

Justiça mantém prisão de dupla acusada pela morte de personal trainer

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Justiça mantém prisão de dupla acusada pela morte de personal trainer
(Foto: Reprodução)

A Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou, na tarde desta quarta-feira (5), absolver Wallysson Magno de Almeida Santana e Guilherme Dias de Miranda, acusados de serem, respectivamente, o executor e o mandante da morte do personal trainer Danilo Campos, em novembro de 2017.

As defesas dos acusados entraram com recurso na segunda instância, recorrendo da decisão da 2ª Vara Criminal de Cuiabá que submeteu os acusados ao julgamento do Tribunal do Júri. Ainda, pediam para Wallysson o direito de responder o processo em liberdade e, para Guilherme, a absolvição e a exclusão de qualificadoras.

No recurso, a defesa de Wallysson alegou, entre outros fatores, que não haveriam provas suficientes sobre sua autoria do crime e pediu a exclusão da qualificadora de cometimento do crime por “motivo torpe” e  por “emprego de recurso que impossibilitou a defesa do ofendido”.

Por sua vez, a defesa de Guilherme alegou “estar provado não ser ele autor ou partícipe do fato, uma vez que se encontrava em local diverso no momento do crime”. A alegação vai de encontro à denúncia do Ministério Público Estadual, que disse que o suposto mandante teria acompanhado a execução do crime de seu carro.

O caso foi relatado pelo desembargador Gilberto Giraldelli, que atendeu parcialmente ao pedido, mas negou a absolvição dos dois. O magistrado lembrou, durante o relatório do voto, que os dois acusados ficaram foragidos após o crime, tendo sido presos em outro Estado.

Ao analisar o pedido, o magistrado também observou o depoimento prestado pela ex-esposa de Guilherme, Ane Lise Hovorusk, que teria um relacionamento com Danilo e seria a “pivô” do crime. Segundo informou, o acusado teria confessado que “lavou sua honra” e ainda chegou a relatar a participação de Wallysson.

O desembargador ainda rejeitou a alegação de que Guilherme estava em outro local no momento do crime, mas retirou a qualificadora “motivo torpe” em relação a Wallysson, “por se tratar de circunstância de caráter pessoal restrita ao corréu Guilherme”. Em relação ao ter dificultado a defesa da vítima, o magistrado manteve o entendimento do MPE.

O voto de Giraldelli foi acompanhado pelos desembargadores Rui Ramos e Juvenal Pereira.

O caso

Danilo Campos, de 28 anos, é filho do vereador de Várzea Grande Nilo Campos, e foi assassinado com cinco tiros no dia 8 de novembro de 2017. Ele estava na Rua General Ramiro de Noronha, no Bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, quando dois homens passaram em uma motocicleta alta e o criminoso que estava na garupa efetuou os disparos.

Após as investigações, a polícia chegou aos nomes de Wallysson e Guilherme, que haviam fugido para São Paulo. Eles foram presos no dia 9 de março de 2018 e trazidos para Cuiabá no dia 16 daquele mês.

No fim dos trabalhos, restou comprovado que Guilherme seria o responsável por arquitetar o assassinato. Segundo testemunhas, ele é conhecido pela agressividade e arrogância no trato com as pessoas.

Motivado por ciúmes da companheira, ele teria chamado Walysson para executar Danilo. Ane Lise também chegou a ser presa em Foz do Iguaçu (PR), e recambiada para Mato Grosso no dia 24 de fevereiro, mas foi posta em liberdade após colaborar com as investigações e declarar ter sofrido ameaças do ex-companheiro.

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