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Briga no WhatsApp por causa de CPI acaba na tribuna da Câmara

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Briga no WhatsApp por causa de CPI acaba na tribuna da Câmara

Ednilson Aguiar/O Livre

 Vereador Felipe Wellaton

Vereador Felipe Wellaton (PV), autor da crítica no grupo de WhatsApp que reúne todos os parlamentares de Cuiabá

Uma manifestação do vereador Felipe Wellaton (PV) em um grupo de WhatsApp que reúne todos os membros da Câmara de Cuiabá foi motivo de uma discussão que durou toda a manhã, durante a sessão plenária desta quinta-feira (31).

Wellaton afirmou que os cinco suplentes que estão no exercício do mandato atualmente perderam a “oportunidade” de deixar uma boa impressão para a sociedade, quando se negaram a assinar o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB).

O pedido de CPI foi apresentado na última terça-feira (29), após vir a público um vídeo em que Emanuel recebe dinheiro supostamente fruto de propina, dentro do Palácio Paiaguás. Somente cinco vereadores assinaram a solicitação. A gravação faz parte das provas apresentadas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em acordo de delação premiada firmado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Demilson Nogueira (PP) foi quem levou a situação à tribuna. Ele não chegou a expor o nome do colega autor da crítica, mas o próprio Wellaton se posicionou sobre o assunto. O vereador garantiu respeitar todos os demais parlamentares e pontuou que sua intenção foi apenas expressar sua opinião, sem desrespeitar ninguém.

“Em momento algum, eu usei de adjetivos para me referir aos colegas, como ocorreu aqui em relação a mim. Apenas expus uma opinião de forma respeitosa”, reclamou Wellaton, se referindo às reações dos demais parlamentares que criticaram sua postura. 

O resultado foi uma enxurrada de manifestações dos vereadores justificando o fato de não terem assinado o requerimento, apresentado por Marcelo Bussiki (PSB). O argumento mais usado foi o de que a CPI não seria o caminho legal para investigar as denúncias que pesam contra o prefeito.

“Agi dentro da lei e o meu posicionamento foi o caminho mais difícil”, disse Demilson, pontuando que os vereadores que assinaram o requerimento não enfrentaram críticas da população. 

Diante da situação, outra proposta acabou sendo apresentada: a criação de uma espécie de comissão especial que acompanhe as investigações do Ministério Público Federal (MPF) contra Emanuel Pinheiro. Ainda não houve deliberação sobre o tema.

Os vereadores devem aguardar uma manifestação da procuradoria da Câmara sobre a legitimidade ou não de instalação de uma CPI e também a apresentação de um relatório financeiro que revele o quanto a investigação custaria ao Legislativo.

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