Mato Grosso

Botelho e Max voltam a disputar presidência da ALMT em cenário de incertezas jurídicas

Deputados podem se enfrentar diretamente um ano após tensão sobre o direito de comandar o Legislativo ter parado no STF

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Botelho e Max voltam a disputar presidência da ALMT em cenário de incertezas jurídicas
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Os deputados estaduais Eduardo Botelho (União Brasil) e Max Russi (PSB) são os nomes mais cotados para concorrer à presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Eles são citados pelos parlamentares como os mais prováveis a articular chapas para concorrer ao cargo no começo do ano que vem. 

E a polêmica sobre a legalidade ou não de uma eleição de Botelho já aparece nas análises. O assunto gerou certo desgaste entre os dois, atuais presidente e primeiro-secretário.  

Em fevereiro de 2021, a Assembleia realizou uma segunda eleição meses após a votação que reelegeu Botelho à presidência. A determinação partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. 

Um ano mais tarde, em fevereiro deste ano, o mesmo ministro voltou atrás em sua decisão e validou o processo de reeleição de Botelho. Nesse ínterim, Max Russi assumiu o comando da Assembleia. 

“Eu acho que serão esses dois candidatos. Mas ainda é preciso discutir se a decisão que devolveu o mandato a Botelho pode ser levada em conta para esta eleição da Mesa Diretora, para ver se ele pode ou não concorrer. Na minha opinião, não”, disse o líder do governo, Dilmar Dal Bosco (União Brasil). 

Botelho e Max se articularam para estarem na mesma chapa nas duas eleições passada. Quando o primeiro estava na presidência, o segundo ocupava a primeira secretaria. Na eleição que saiu da ordem judicial, os papeis foram invertidos. 

Max Russi ainda não se manifestou sobre a próxima disputa. Seu mandato de um ano foi exercido com idas à Justiça para evitar que o Supremo permitisse o retorno de Botelho ao cargo. 

Articulação 

Eduardo Botelho já começou a se articular nos bastidores para formar sua chapa de candidatura. Ele convidou, por exemplo, a vice-presidente deputada Janaína Riva (MDB) a permanecer no grupo. 

O convite foi feito na conversa entre eles em que Janaína Riva anunciou que recuaria de concorrer à presidência. Segundo ela, não há espaço para sua candidatura ao cargo, num cenário com a presença de Eduardo Botelho e Max Russi. 

“Seria um resultado inglorioso para mim. Nós temos uma Emenda Constitucional em vigor na Assembleia Legislativa que proíbe quem for presente no primeiro biênio de ser presidente de novo no segundo biênio. Então, vou esperar o meu tempo para concorrer”, afirma. 

Quanto à oferta de Botelho, Janaína afirmou que a decisão será tomada pela bancada do MDB, que a partir de 2023 terá quatro deputados. O apoio e possível participação em chapa acontecerá “em bloco”. 

O deputado Gilberto Cattani (PL) também declarou a intenção de fazer parte da Mesa Diretora na próxima legislatura. Ele diz que a quantidade de votos que recebeu nas urnas lhe dá mais força para garantir uma posição, independentemente da função. 

“Não conversei ainda nem com Botelho nem com Max, mas eu quero sim compor a Mesa Diretora. Recebemos votos a mais [nesta eleição] eu acho que vou ter força para ter um papel”, disse. 

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