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Ataque de cães: 1,3 mil residências em MT são risco para trabalhadores, aponta Energisa

Só em Cuiabá existem, hoje, 14 mil animais soltos nas ruas, entre abandonados e que têm acesso livre fora de casa

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Ataque de cães: 1,3 mil residências em MT são risco para trabalhadores, aponta Energisa
(Foto: Assessoria / Energisa)

Um monitoramento mensal feito pela Energisa Mato Grosso aponta que em, pelo menos, 1,3 mil imóveis de Mato Grosso há risco de ataques de cães. O registro é feito por um aplicativo contratado pela empresa e que alerta aos funcionários para evitar acidentes.

De acordo com o coordenador de leituristas, Jouglas Goulart, os colaboradores identificam situações de risco e já cadastram esses dados, criando um banco de informações para todas as equipes.

“Para garantir a segurança dos nossos colaboradores, nós optamos por utilizar uma ferramenta que sinaliza para os leituristas que naquele local há cães. Os dados ficam em um computador de mão e sempre que o leiturista traça uma rota, há essa sinalização”, afirma Jouglas.

Além disso, os profissionais passam por treinamentos com instruções teóricas e práticas para evitar os ataques, com o uso de roupas especiais de proteção.

Voluntários estimam que só em Cuiabá existam, hoje, 14 mil animais soltos nas ruas, entre abandonados e que têm acesso livre fora de casa. Um desses grupos de apoio é o Lunaar, que começou como projeto e se tornou uma associação, com 12 diretores.

“Nós tratamos esses animais em alguns pontos da cidade e fazemos o acolhimento de alguns em um lar temporário”, explica Gabriela Ruiz, membro da diretoria da associação.

Hoje, a associação sobrevive somente de doações e possui vários pontos espalhados pela cidade. Neles, voluntários podem deixar pacotes de ração e medicamentos.

“Os animais soltos passam por muitas dificuldades. Aqui em Cuiabá, por ser uma cidade muito quente, quando a gente os pega, estão desidratados e magros. Em uma quantidade significativa, esses animais estão com carrapatos, pulgas, machucados ou são positivos para Leishmaniose. Além de tudo isso, também convivem com maus-tratos e a insegurança”, diz Gabriela.

De acordo com o art. 936 do Código Civil de 2002, o prejuízo pelo ataque é de responsabilidade do dono do animal. “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”, diz o trecho

Para Jouglas, essa responsabilidade é também um ato de apoio a vida, a comunidade. “Não são só os eletricistas e leituristas são penalizados. São, por exemplo, carteiros, entregadores, visitantes, vizinhos. Já foram registrados tantos casos sérios de ataque, até com morte. O cão não tem culpa. Pelo contrário. Ele na rua ainda pode ser maltratado. Lugar de bicho é em casa e bem tratado”.

Outro ponto ressaltado, é a importância da castração desses animais de rua, assim como a vacinação. A participante da associação Lunaar também destaca que os animais soltos trazem o risco de causar acidentes e podem acabar morrendo atropelados. “São mais animais colocados para sofrer nas ruas”, afirma Gabriela.

(Da Assessoria)

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