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Alergia ou intolerância alimentar? Entenda as diferenças entre as duas condições

Sintomas semelhantes podem confundir, mas cuidados são específicos

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Alergia ou intolerância alimentar? Entenda as diferenças entre as duas condições
(Foto: Samer Daboul / Pexels)

Apesar de terem os sintomas parecidos e surgirem após a ingestão de algum alimento, a intolerância alimentar e a alergia alimentar são problemas diferentes, com causas e tratamentos distintos. Ambas podem trazer impactos e desconfortos bastante negativos na vida das pessoas que, muitas vezes, precisam tirar determinado alimento da rotina.

A intolerância alimentar é caracterizada pela má digestão de determinados alimentos. O problema é resultado da deficiência ou ausência de enzimas responsáveis pela quebra de moléculas maiores em produtos menores, os quais o organismo é capaz de absorver e aproveitar adequadamente.

A pessoa com intolerância alimentar absorve parcialmente esses nutrientes, que passam a fermentar, ocasionando sintomas como inchaço abdominal, flatulência e cólicas, podendo ainda causar diarreia. A severidade das manifestações depende da quantidade ingerida de determinado nutriente e da quantidade que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarreia. Os sintomas podem levar de alguns minutos até muitas horas para aparecer, no entanto, apesar de ser incômoda para os pacientes, uma vez reconhecida, pode ser controlada por simples ajustes na dieta.

Já na alergia alimentar ocorre reação do organismo logo após a exposição ao alimento causador da alergia. Entretanto, essa manifestação pode ser imediata ou levar algumas horas ou dias para ocorrer, sendo as mais comuns as reações que envolvem a pele (urticária, inchaço, coceira, eczema) e o aparelho gastrintestinal (diarreia, dor abdominal, vômitos). Manifestações mais intensas, acometendo vários órgãos simultaneamente como pele e trato respiratório (anafilaxia), também podem ocorrer.

Nas reações de hipersensibilidade, a primeira exposição ao alimento alergênico pode desencadear reação, porém, após exposições subsequentes essa reação pode se tornar mais intensa.

Tratamentos

Imagem ilustrativa (Foto: Freepik)

A intolerância alimentar não é uma doença, mas uma condição do organismo. No caso da intolerância à lactose, que é bem comum, por exemplo, é possível prevenir novos sintomas reduzindo o consumo de leite e derivados, além de produtos ou alimentos preparados com leite ou substituí-los por derivados que já passaram por processo de fermentação, como iogurtes e queijos, que, portanto, apresentam em sua composição uma quantidade menor do nutriente em seu formato de moléculas maiores.

Outra forma de evitar os sintomas é experimentar os suplementos da enzima lactase disponíveis no mercado em comprimidos ou tabletes mastigáveis, todavia devem ser usados como um complemento e não como um substituto para a restrição alimentar, isso porque essas enzimas podem não aliviar completamente os sintomas ou pela digestão incompleta da lactose ou pela dificuldade de determinar sua dose precisamente. A pessoa com intolerância a lactose pode ter uma vida normal, basta receber orientações dietéticas de profissionais de saúde habilitados.

A intolerância alimentar é mais comum em adultos e há uma tendência natural ao seu desenvolvimento com o passar da idade. Há instruções alimentares que possibilitam que o indivíduo com intolerância tenha uma vida tranquila e sem o risco de deficiências nutricionais em decorrência da restrição de alimentos.

No caso de alergias alimentares é indicada a exclusão do alimento alergênico da alimentação até que o organismo se adapte ou desenvolva tolerância a esse alimento. É comum que, com o tempo, o organismo desenvolva tolerância à substância capaz de provocar alergia, mas esse processo deve ser acompanhado por um médico, pois enquanto houver alergia, a simples exposição ao alimento desencadeador pode gerar reações graves, como anafilaxia, que impõe socorro imediato por ser potencialmente fatal caso não seja tratada rapidamente.

Caso alguns desses sintomas e sinais de alerta sejam identificados, a primeira consulta pode ser feita em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), garante o Ministério da Saúde.

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(Com Assessoria)

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