Mato Grosso

Vereadores se estranham, PM é chamada e votação sobre Uber é suspensa

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Vereadores se estranham, PM é chamada e votação sobre Uber é suspensa
Foto: Reprodução

A sessão da Câmara dos Vereadores de Cuiabá desta quinta-feira (18) foi marcada por tumultos e até intimidação. Na pauta do dia estava prevista a votação de um projeto de lei que regulamenta a atividade dos motoristas de transporte por aplicativos na Capital, como o Uber e a 99 POP. Acontece, porém, que o desentendimento fez com que a sessão precisasse ser suspensa. Até a Polícia Militar precisou comparecer no local.

Mesmo antes de o projeto ser colocado para votação, os vereadores já o debatiam na sessão. Parlamentar da oposição, Abílio Júnior (PSC) usou sua fala para questionar o projeto apresentado e chegou a pontuar que o documento levado à Câmara não condizia com o que havia sido combinado com os motoristas, durante outras sessões igualmente tumultuadas.

Abílio, além de questionar o projeto e os benefícios que o mesmo traria para os trabalhadores, pediu a retirada da matéria da pauta. Foi após esse momento que o desentendimento se intensificou.

Renivaldo Nascimento (PSDB) imediatamente passou a atacar Abílio. Alegou que o parlamentar apenas agia contra a Câmara. Insinuou que o parlamentar busca apenas aparecer, e que o projeto já havia sido debatido entre os envolvidos. Dessa forma, estaria pronto para ser votado.

Minutos depois, a sessão foi suspensa pelo presidente da casa, vereador Justino Malheiros (PV). Ele determinou 30 minutos de recesso, mas retomou a sessão em menos tempo, já retirando o projeto da pauta.

Nesse meio tempo, Abílio teria sido cercado por outros parlamentares, que o teriam pressionado a “mudar sua postura”. O vereador ainda teria sido ameaçado por colegas e chegou a ouvir que a “briga” seria pessoal.

Causando dúvidas

Durante a sessão, antes mesmo do projeto ser retirado de votação, alguns vereadores já questionavam o conteúdo da mensagem.

Dilemário Alencar (Pros) levantou que o projeto não deveria ser votado, porque ainda seria necessária uma ampla discussão com a categoria. Outros vereadores também pontuaram que havia dúvidas quanto ao real benefício da regulamentação para os motoristas por aplicativos.

Os parlamentares observaram que os próprios motoristas, que tiveram representantes presentes no momento da elaboração do projeto, estavam confusos em relação ao documento. “O que chega para o motorista é que eles terão que pagar taxas e taxas”, observaram.

Enquanto o debate corria, na galeria do plenário, diversos profissionais acompanhavam a sessão. Eles chegaram a reagir negativamente após a fala do vereador Renivaldo e a Polícia Militar precisou ser acionada. O presidente, Justino Malheiros, também precisou interromper quando o vereador Misael Galvão (PSB) usava a tribuna para pedir que os motoristas se acalmassem.

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