Política

“Traição”, lulismo e 2024: o que estimula a desavença entre PT e PV

Grupo federado há dois dias pela Justiça Eleitoral já tem conflitos em Mato Grosso em torno de espaços políticos

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“Traição”, lulismo e 2024: o que estimula a desavença entre PT e PV
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), anunciou ontem (26) que desistiu tentar articular sua candidatura para o governo nas eleições de outubro. Segundo ele, a avaliação de dificuldades de federação com PT e PCdoB foi acentuada por uma “traição”. 

O ato teria sido cometido por membros do PT, estimulados pelo deputado estadual Lúdio Cabral, ao apresentarem dois nomes para concorrer ao governo.   

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na quarta-feira (25) a federação dos três partidos, com duração de quatro anos.

“Já estava de saco cheio. Nós fizemos um acordo na federação de que poderiam aparecer de 10 a 20 anos e melhor deles seria o candidato. Tem um fórum para discutir [as articulação de candidatos] e eles não vão. Depois, covardemente, falam mal pelas costas”, disse. 

Filiados ao PT convocaram uma coletiva de imprensa, na quarta-feira (25), para anunciar que não estão dispostos a abrir de candidaturas às majoritárias para encaixar candidatos do PV e do PCdoB. 

Nomes questionados 

O grupo de petistas alegam que os nomes cogitados pelo PV não têm afinidade com o perfil do pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva – pra quem eles tentam montar palanque. 

A insatisfação de José Stopa com a federação partidária, demonstrada bem da homologação do acordo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi interpretada como indício de retração de espaço para Lula. 

“Nós temos que tomar cuidado de trazer políticos para liderar um projeto que vai se colocar contra o bolsonarismo. Na nossa opinião, Stopa não é um sujeito para fazer esse enfrentamento”, disse o presidente da Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Reginaldo Araújo. 

Outro nome que não seria do agrado deles é da primeira-dama Márcia Pinheiro (PV). A estratégia dela, encabeçada pelo prefeito Emanuel Pinheiro, tem flutuado entre as candidaturas para deputada federal e senadora. 

De olho em 2024 

Porém, as escolhas estão sendo cogitadas agora já refletem as articulações para as eleições municipais de 2024. Por hora, PV e PT estão no centro das intenções e até lá os partidos terão que chegar a um acordo, pois continuarão unidos pela federação. 

O vice-prefeito José Stopa já sugeriu que existe a hipótese de se candidatar para a Prefeitura de Cuiabá daqui dois anos. Ao ser questionado sobre a candidatura ao governo poderia ser preterida pela de prefeito, ele não negou. “Político sempre está pensando em eleição”, afirmou. 

Nos bastidores do grupo petista, já se fala que o deputado Lúdio Cabral tem a intenção de tentar novamente eleição ao cargo. A repercussão dos votos para a eventual candidatura de Stopa ao governo seria um termômetro. 

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