Ednilson Aguiar/O Livre
Silvio Corrêa confessou os crimes e a juíza Selma Arruda permitiu que ele ficasse preso durante um ano na própria casa, com tornozeleira eletrônica
Se para Silval Barbosa a juíza Selma Arruda da 7ª Vara Criminal não aliviou no cálculo da pena, o fiel escudeiro do ex-governador não teve o mesmo azar. Silvio Cezar Correa Araújo foi condenado a 5 anos e dois meses de prisão e parte da pena ele cumprirá em casa, durante um ano.
Apesar da juíza não ter considerado integralmente o pedido do Ministério Público para reduzir a pena de Silvio pela metade, ela confirmou que ele foi mais reticente em seus depoimentos do que Silval Barbosa e concedeu a ele o direito de cumprir a sentença em “regime diferenciado”, conforme previa o acordo de colaboração.
“Da mesma forma, o acordo de colaboração premiada homologado pela instância superior prevê que o regime inicial de cumprimento da pena seja o de prisão em regime fechado diferenciado pelo prazo de 01 ano, a ser cumprido com monitoramento eletrônico em tempo integral no seu domicílio”, confirmou a juíza.
Com Silval, Selma Arruda deixou de reduzir a pena em 2/3 e aceitou que a condenação fosse diminuída em apenas 1/3. Na sentença contra Silvio, a juíza lembrou da fidelidade dele ao ex-governador. Os dois firmaram acordo de colaboração juntos.
“Agia com extrema lealdade à organização e a seu líder, sem se importar com a ilicitude de seus atos, certo da impunidade. Maculou, com isso, a moralidade pública”, explicou ela.
Por Lázaro Borges, Orlando Morais e Guilherme Waltemberg