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Sem dinheiro, caminhoneiros sobrevivem de doação para manter greve

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Sem dinheiro, caminhoneiros sobrevivem de doação para manter greve
(Fotos: Ednilson Aguiar/O Livre)

Os caminhoneiros acampados no Distrito Industrial e no Posto Trevisan, em Várzea Grande, teriam problemas para dar continuidade à greve se não fosse a ajuda da população cuiabana e dos empresários locais.

De acordo com os representantes grevistas, as doações diárias vieram em um momento em que o dinheiro dos trabalhadores paralisados já estava escasso.

“Tinha gente que já estava duro, que já não ia ter como comer, mas graças a Deus o povo cuiabano é extraordinário, foi maravilhoso para nós”, agradeceu o caminhoneiro paulista João Alberto Borges, de 43 anos.

Borges é um dos cerca de 700 caminhoneiros que estão paralisados na região do Distrito. Eles receberam almoço grátis de um empresário dono de um posto da região nos primeiros dias da greve. Mais tarde, quando as doações aumentaram, os caminhoneiros passaram a cozinhar a própria comida.

Foi então que entrou em cena pessoas como Ana Júlia Picolin, 47, uma das mulheres dos caminhoneiros paralisados que se juntaram aos maridos não só para protestar, mas também para auxiliar na cozinha improvisada debaixo do toldo.

“Meu marido é um sofredor e nós sofremos juntos com a situação do jeito que está”, argumenta. Picolin também é ativa politicamente e chama o último pronunciamento do Presidente Michel Temer, em rede nacional, de “mentira descarada”.

Com o dinheiro do frete que já era escasso e a alta dos combustíveis, os trabalhadores possuíam pouco caixa para manter a paralisação por mais de uma semana. Com o apoio de terceiros, a manifestação ganhou mais combustível.

“Não teve acordo nenhum com os caminhoneiros, teve um descaso. Chamar de minoria uma categoria como a nossa é um descaso e é por isso que hoje nÓs queremos que ele [o presidente Michel Temer] saia. Só vamos sair quando ele cair”, diz um dos líderes do acampamento do Distrito Industrial, o caminhoneiro Osmar Martins, de 43 anos.

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