O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP), acredita que o país está na iminência de um grave conflito social e defende que o movimento dos caminhoneiros seja suspenso por 15 dias para reabastecimento do mercado. “A economia brasileira está sendo asfixiada”.
Conforme o ministro, as coisas estão fora de controle para agricultura e pecuária. “Bilhões de aves e suínos estão ameaçados de morte por falta de alimento. Navios esperando para embarcar mercadorias para a exportação. O Ministério da Agricultura está participando do comitê de crise, tenho ouvido todos os lados e todos têm razão. Daí vem a necessidade de uma trégua e de diálogo contínuo sem radicalização”, declarou.
Ainda segundo Maggi, o problema é econômico e político ao mesmo tempo, mas a saída está na política, que necessita de tempo para solução. Ele reconheceu que o governo está estudando uma forma para atender a nova pauta de reivindicações enviada por lideranças do movimento, mas não sabe como finalizar a negociação.
“Penso que o bom senso deve prevalecer e o movimento deve ser suspenso até que o mercado seja reabastecido, hospitais tenham insumos, mercados, fábricas de ração”, ponderou o ministro.
A greve
No último domingo (27) o Governo Federal cedeu às reivindicações dos caminhoneiros, no entanto, o fim da greve, que já dura 8 dias, ainda é incerto. Em virtude do desabastecimento que atingiu inúmeros municípios de Mato Grosso, foi decretado ponto facultativo na maioria dos órgãos públicos e escolas nesta segunda-feira (28). O transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande continua operando com metade da frota.