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Avião bimotor modelo EMB-810D, igual ao entregue pelo ex-governador
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) manifestou interesse em ficar definitivamente com a posse de um avião entregue à Justiça pelo ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB). A aeronave de prefixo PT-VRX e modelo EMB-810D está avaliada entre R$ 900 mil e R$ 1 milhão, segundo a secretaria, e ficará à disposição do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
No dia 23 de julho, a juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, encaminhou um ofício à Sesp questionando se havia interesse na posse da aeronave. O secretário Rogers Jarbas solicitou que o Ciopaer desse um parecer, que foi favorável à aquisição do bimotor. O setor de operações aéreas ainda recomendou que seja feita uma inspeção para avaliar se as condições reais do avião são iguais a aquelas que constam no processo.
A aeronave é um dos bens entregues por Silval como garantia de ressarcimento aos cofres públicos por atos de corrupção investigados pela Operação Sodoma. O ex-governador cedeu R$ 46 milhões divididos em duas fazendas, um lote urbano, uma casa e o bimotor. Ele adotou uma postura de colaboração com a Justiça, passando a confessar sua participação nos crimes apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Agora, Silval cumpre prisão domiciliar até o final de seu julgamento.
As fazendas Serra Dourada II, com 4,1 mil hectares e avaliada em cerca de R$ 33 milhões, e Lagoa Dourada 1, com 1,2 mil hectares e avaliada em cerca de R$ 10,49 milhões, ficam no município de Peixoto de Azevedo, no norte do Estado. A Secretaria de Estado de Gestão (Seges) pediu uma avaliação do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) para definir se há interesse em sua posse.
Já o lote fica em Sinop, tem 2,5 mil metros quadrados e valeria R$ 860 mil. O imóvel em Cuiabá fica no bairro Rodoviária Parque e está avaliado em R$ 1,22 milhão – no local funciona uma Casa de Amparo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Vale do Peixoto (Cisvp). Estes dois bens também dependem de decisões da Seges para definir se irão a leilão ou se ficam com o governo.
