Ednilson Aguiar/O Livre
Imóvel em Cuiabá onde funcionava casa de amparo mantida pelo ex-governador Silval Barbosa
Uma avaliação da Secretaria de Estado de Cidades (Secid) confirmou o valor de quatro imóveis colocados à disposição da Justiça pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) para que ele pudesse responder aos processos dos quais é réu em prisão domiciliar. Juntos, os bens somam aproximadamente R$ 43,7 milhões.
“Parece que desta vez ele falou a verdade”, afirmou o titular da Secid, Wilson Santos (PMDB), segundo quem a variação dos valores declarados por Silval e identificados pelo governo do Estado foi menor que 5%.
De acordo com Wilson, foram avaliadas duas fazendas em Peixoto de Azevedo – a Serra Dourada II, com 4,1 mil hectares, custando cerca de R$ 33 milhões, e a Lagoa Dourada I, com 1,2 mil hectares, que custaria aproximadamente R$ 10,49 milhões – um terreno de 2,5 mil metros quadrados em Sinop, que valeria R$ 860 mil; e o prédio de um antigo hotel em Cuiabá, avaliado em R$ 1,22 milhão.
A avaliação, ainda segundo o secretário, foi realizada por ordem da juíza Selma Arruda, da Sétima Vara de Criminal de Cuiabá, onde tramitam as ações contra Silval que são oriundas de casos investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE).
A decisão sobre o que será feito com os imóveis devolvidos pelo ex-governador deve ser tomada pela Secretaria de Estado de Gestão, conforme Wilson. Dos quatro, o prédio em Cuiabá, em que funcionava uma casa de amparo mantida por Silval – onde eram hospedados pacientes do interior que buscavam tratamento na capital – é o que já tem interessados.
O Consórcio de Saúde do Vale do Peixoto – formado pelas prefeituras de Guarantã do Norte, Matupá, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte – solicitou, tanto à Sétima Vara, quanto ao governo, a posse definitiva do local.
As prefeituras utilizavam a estrutura por meio de um contrato de comodato com o ex-governador, ou seja, quando não há pagamento de aluguel. Em troca, ficavam encarregadas de fazer a manutenção do espaço.
