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SAD era ‘menina dos olhos’ da corrupção no governo Silval

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SAD era ‘menina dos olhos’ da corrupção no governo Silval

A Secretaria de Estado de Administração (SAD) era a “menina dos olhos” do governo Silval Barbosa (PMDB). Mas para a corrupção. A afirmação é do Ministério Público Estadual em denúncia envolvendo o ex-governador e outras 16 pessoas suspeitas de envolvimento no suposto esquema de propina e desvios investigado pela Operação Sodoma. A denúncia foi oferecida na segunda-feira (13) à justiça.

Na SAD, foi um montado um sistema, com atuação de três secretários que passaram pela pasta – Francisco Faiad (PMDB), Pedro Elias e César Zílio (à época no PR), para direcionar licitações de compra de combustível para a frota do governo e cobrar propina de empresários. O cargo de adjunto da pasta, ocupado pelo coronel José Nunes Cordeiro, também é apontado como primordial para os desvios.

O grupo lucrou cerca de R$ 3 milhões com o esquema. Entre os destinos finais do dinheiro, a denúncia cita o pagamento de dívidas da campanha de Lúdio Cabral (PT) em 2012, de quem Francisco Faiad era vice, e também da campanha do próprio Faiad a deputado estadual em 2014.

“A Secretaria de Estado de Administração destacava-se  como   verdadeira  ‘menina   dos   olhos’ para  a organização criminosa, de modo que, a escolha dos membros pelo líder Silval Barbosa para   comandar   esta   pasta,   bem   como   para   ocupar   o   cargo   de Secretário Adjunto da Secretaria de Estado de Administração – SAD/MT, como já ressaltado acima, era de extrema importância para que o sucesso dos vários esquemas criminosos   de   pagamentos  de   propina   e   de   desvios   de   recursos   públicos   fossem implementados,   como   o   que sucedeu   com   as   empresas:  Marmeleiro Auto Posto Ltda. e  Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda.”, escreveu a promotora Ana Cristina Bardusco, na denúncia.

As licitações foram direcionadas às duas empresas, que passaram a administrar o fornecimento de combustíveis do governo de Mato Grosso a partir de 2013. A partir daí, os empresários Juliano Volpato e Edézio Correa passaram integrar o grupo acusado, tendo sido vistos frequentemente nas dependências da SAD. Eles pagaram propinas para a manutenção dos contratos com a SAD e também com Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Stpu).

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