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Prefeitura de Cuiabá adia pela 3ª vez aplicação de multas de trânsito flagradas por câmeras

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Prefeitura de Cuiabá adia pela 3ª vez aplicação de multas de trânsito flagradas por câmeras

Ednilson Aguiar/O Livre

câmera de videomonitoramento de trânsito

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), vai adiar mais uma vez o início da aplicação de multas por meio do sistema de videomonitoramento do trânsito da capital. “Não tenho a menor pressa de iniciar essa cobrança”, disse nesta segunda-feira (7) durante evento na Assembleia Legislativa.

Também nesta segunda, terminou o prazo, estipulado pela própria prefeitura, para concluir uma campanha educativa de trânsito focada no respeito às faixas exclusivas para ônibus na capital. Esse prazo já havia sido prorrogado no início de julho pelo peemedebista. Agora, um novo decreto estendendo este período deve ser publicado.

As primeiras faixas de ônibus de Cuiabá foram criadas em 2013, nas avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas. Três anos depois, em 2016, foi criado o corredor da avenida do CPA, que funciona nos dois sentidos da via.

Campanha maciça

A justificativa do prefeito é a de que os secretários de Mobilidade Urbana, Antenor Figueiredo, e de Inovação e Comunicação (Secom), José Roberto Amador, o Bebeto, não teriam colocado nas ruas uma campanha efetiva de informação aos motoristas.

“Eu tenho chamado muito a atenção, tanto da Semob, quanto da Secom. Enquanto não houver uma campanha maciça, não vou permitir essa sacanagem com a população”, afirmou.

“Enquanto não houver uma campanha maciça, não vou permitir essa sacanagem
com a população”

Segundo o prefeito, ainda falta informação sobre as faixas. “Se você fizer uma enquete em qualquer grupo de pessoas, poucas sabem da nova conduta necessária, especialmente em relação aos corredores exclusivos dos ônibus”, completa.

Em Cuiabá, existem aproximadamente 400 mil veículos. Cerca de 5 milhões de pessoas utilizam o transporte público por mês na capital.

Multas

O sistema de videomonitoramento do trânsito de Cuiabá funciona desde outubro do ano passado. A aplicação de multas com base nos flagrantes captados pelas câmeras deveria ter iniciado em março. Emanuel, no entanto, editou um decreto estabelecendo um período de campanhas informativas de 120 dias que, em julho, foi prorrogado por mais um mês.

Apesar da avaliação do peemedebista, dados divulgados pela Semob em julho revelam que a quantidade de infrações registradas de janeiro a maio deste ano foi 41% menor do que no mesmo período do ano passado.

Ainda de acordo com os dados da secretaria, nos cinco primeiros meses de 2017, as câmeras identificaram mais de 7 mil infrações, o que poderia ter rendido ao município cerca de R$ 2 milhões. A maior parte dos registros é de faltas gravíssimas, que custam ao motorista R$ 293,47, além de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

No lugar de receber os valores, a prefeitura tem gastado. São R$ 812,5 mil mensais para o consórcio responsável pelas 32 câmeras, além de R$ 3 por cada correspondência enviada aos infratores. Nessas cartas, o motorista flagrado cometendo uma irregularidade recebe apenas uma mensagem educativa.

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