Judiciário

PJC prende ex-secretário e cumpre mandados contra servidores da Saúde de Cuiabá

Investigação apontou suposto desvio de dinheiro em compra de medicamentos em plena pandemia

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PJC prende ex-secretário e cumpre mandados contra servidores da Saúde de Cuiabá
(Foto: Luiz Alves/ Prefeitura de Cuiabá)

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou na manhã de hoje (9), a Operação Hypnos, para o cumprimento de ordens judiciais relacionadas com a investigação de um suposto esquema que teria se instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) no ano de 2021.

Na operação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, um mandado de prisão preventiva, além do sequestro de R$ 1.000.080,00 (um milhão e oitenta reais), que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.

O principal alvo é o ex-secretário da Saúde de Cuiabá Célio Rodrigues da Silva. Na casa dele foram apreendidos quase R$ 31 mil em dinheiro.

Os outros alvos são: Eduardo Pereira Vasconcelos, Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva, Mônica Cristina Miranda dos Santos, Maurício Miranda Mello e João Bosco da Silva.

Investigações

Segundo a Polícia Civil, relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão. Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.

As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.

Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.

A Operação Hypnos foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e contou com apoio de equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Nome da Operação

Hypnos faz referência a um medicamento Midazolan, que é indicado para insônia.

(Com Assessoria)

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