Consumo

Depois de 12 meses seguidos em baixa, número de inadimplentes cresce em MT

Na passagem de dezembro de 2022 para janeiro de 2023, o número cresceu 2,78%

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Depois de 12 meses seguidos em baixa, número de inadimplentes cresce em MT
(Foto: Drazen Zigic / Freepik)

O número de inadimplentes em Mato Grosso cresceu em janeiro de 2023, após 12 meses seguidos de baixa. Os dados são do Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá, junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o levantamento, o número de devedores no Estado cresceu 2,91% em janeiro de 2023, em relação a janeiro de 2022. O dado ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (6,58%) e abaixo da média nacional (7,74%). Na passagem de dezembro/2022 para janeiro, o número cresceu 2,78%. Na região Centro‐Oeste, na mesma base de comparação, a variação foi de 1,57%.

Já a abertura por faixa etária do devedor mostra que os que tiveram participação mais expressiva, em janeiro, foram os de idade entre 30 e 39 anos (26,26%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 53,97% homens e 46,03% mulheres.

Evolução do número de dívidas

Em janeiro de 2023, o número de dívidas em atraso cresceu 11,81%, em relação a janeiro de 2022. O dado ficou abaixo da média da região Centro‐Oeste (16,20%) e abaixo da média nacional (17,87%). Na passagem de dezembro/2022 para janeiro, o número de dívidas cresceu 3,58%.

Na região Centro‐Oeste, nessa mesma base de comparação, a variação foi de 2,44%, sendo que o setor com participação mais expressiva do número de dívidas em janeiro no estado foi Bancos, com 45,70% do total de dívidas.

No mês passado ainda, cada consumidor inadimplente tinha em média 2,089 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Centro‐Oeste (2,080 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,018 dívidas para cada pessoa inadimplente).

Em janeiro de 2023, cada consumidor negativado no Estado devia, em média, R$ 4.316,12 na soma de todas as dívidas. Com base no número médio de dívidas por devedor, o montante representa no mínimo 4,8 bilhões de reais em contas atrasadas que estão negativadas. Os dados ainda mostram que 31,54% dos consumidores tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 45,70% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000, sendo que o tempo médio de atraso dos devedores é igual a 25,3 meses, além disso, 33,35% dos devedores possuem tempo de inadimplência entre 1 a 3 anos.

Número de devedores

O SPC Brasil estima que em janeiro de 2023 havia 65,19 milhões de consumidores pessoas físicas negativados no Brasil, o que representa 40,15% da população adulta do país. Já em Mato Grosso o número fica próximo a 1,115 milhão.

De acordo com o Núcleo de Inteligência da CDL Cuiabá, essa é a maior alta de um mês para outro quando comparado com os últimos 02 anos.

“Nós tivemos um aumento na participação de contas em atraso de energia e água em 6,9%, já nos demais setores, tivemos um aumento de 0,5% com os bancos e redução de 2,9% com o comércio e 3% com comunicação”, afirma o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja, reforçando que “ainda será importante aguardar o fechamento do primeiro trimestre para termos uma visão mais assertiva dos motivos que ocasionaram a alta. A princípio fica evidente que as compras de fim de ano ainda não refletiram no número de inadimplentes e dívidas por devedor. Os números apresentados em janeiro estão ligados a insegurança econômica, redução de confiança com o mercado, o que faz algumas pessoas segurem mais seus recursos, e somado a isso, podemos citar o resultado negativo de geração de emprego que fechou em dezembro, números que não estavam sendo apresentados de forma positiva em Mato Grosso desde o período crítico da pandemia”.

Para concluir, o superintendente afirma que “é importante ficarmos atentos e acompanharmos os próximos dois meses, pois historicamente as compras de dezembro refletem no número da inadimplência de forma mais intensa no mês de março”.

(Da Assessoria)

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