Principal

Paulo Brasil revela segredos de sucesso em leilões

4 minutos de leitura
Paulo Brasil revela segredos de sucesso em leilões

Gabriele Schimanoski

foto entrevista.jpg

 

Mais de 3,3 mil leilões realizados ao longo de 26 anos de profissão, o que equivale a um leilão a cada 2,8 dias. Esses foram alguns dos números apresentados por Paulo Marcus Brasil, convidado do programa O LIVRE desta noite de terça-feira, 21, na TV Band Mato Grosso.

Durante a entrevista conduzida pelo jornalista Augusto Nunes, Paulo Brasil, considerado hoje um dos maiores leiloeiros do país, abriu o programa fazendo o que gosta: “leiloar”. “Senhoras e senhores de todo o Brasil é um prazer muito grande receber a vossa audiência … vendendo os melhores animais”, brincou.

Nascido em Uberaba (MG), tornou-se o leiloeiro rural mais jovem do país aos 19 anos. Vindo de uma família de produtores, ele contou que foi um caminho natural a escolha da atividade. “Passava a semana na cidade estudando e aos finais de semana ia para fazenda, na lida com gado, apartar, vacinar, tirar leite”, conta.

Mas, segundo ele, o leiloeiro nasceu um pouco antes, por volta dos 15 anos, quando começou a investir na compra de bezerros, momento em que passou a frequentar mais os leilões. “Eu achava aquilo meio rápido demais. Na época não existia a transmissão nas tvs e nem internet. Imagina que aquilo poderia ter mais ânimo, alegria, um pouco mais de comprometimento”.

A partir daí, bastou uma conversa com o pai sobre as comercializações e muito trabalho. “Meu pai me disse, você tem boa voz, porque não tenta?”. Nesta época, Brasil tinha duas certezas, que seria bem-sucedido e que trabalharia na televisão. A primeira participação em um leilão foi pequena, ficou responsável por vender o último lote em um evento na sua cidade natal. “Poucos assistiram, mas o que viram gostaram. Em um mês minha agenda estava preenchida com leilões semanais”, conta orgulhoso.

Mato Grosso

A vinda para o Estado foi em meados da década 90 a convite do então presidente do Sindicato Rural de Rondonópolis Adolpho Tadeu. Andou mais de mil quilômetros para chegar ao município. Apesar dos dificuldades da viagem, ele disse ter se impressionado com a pujança de Mato Grosso. “Dois dias para chegar, era só buraco, mas ao ver aquela avenida larga e todas as bandeiras de bancos, concessionárias de automóveis e máquinas agrícolas, uma cidade organizada, me perguntei o que está aconteceu aqui?”.

A surpresa maior, segundo Brasil, ainda estava por vir. “Quando cheguei no Parque de Exposições foi de cair o queixo”. O local, batizado hoje de Wilmar Peres de Farias, é considerado um dos melhores do país. Lá fez o primeiro leilão em Mato Grosso cujo objetivo era alcançar US$ 2 mil dólares em vendas. “A média de US$ 3,5”, conta.

Mudança nos leilões

Paulo relata que os leilões mudaram bastante no decorrer das últimas décadas e que hoje existe a necessidade de aplicar um português mais correto durante os eventos. “Principalmente em razão do alcance que chega a 90 milhões de telespectadores”. Nestes eventos, ele revela utilizar a voz até 10 horas seguidas. “O leiloeiro é o atleta da voz”, mas negou que faça muitos rituais antes de usá-la. “Faço um aquecimento, uma garrafa de vinho depois do leilão ajuda”, brincou.

Avaliações

Brasil disse que o grande diferencial para todo esse sucesso é que as pessoas o veem como um produtor também. “Eu conheço o dia-a-dia na fazenda, crio gado, cavalo quarto de milho, engordo boi, vaca, crio bezerro e vivo o mesmo problema que meus companheiros que me assistem”, explica. Dessa forma, disse ser mais fácil avaliar e identificar a mercadoria que tem para oferecer. Cita ainda que relacionamento pessoal é fundamental para vender e uns segredinhos como chamar o possível comprador pelo nome, impondo uma relação mais intimista também contam.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes