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Para desembargador, pedidos de escutas partiram de uma única pessoa

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Para desembargador, pedidos de escutas partiram de uma única pessoa

Ednilson Aguiar/O Livre

Paulo Taques, Pedro Taques e Fausto Freitas

Em decisão que culminou na prisão do ex- secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, o desembargador Orlando Perri, afirmou ser grande a probabilidade que uma única pessoa tenha pedido a inserção de números telefônicos nas investigações polícias, num esquema chamado “barriga de aluguel”.

Para Perri a inserção do número da ex-amante de Paulo Taques, Tatiane Sangalli, em dois procedimentos diferentes – Operação Forti e Operação Querubim – reforça a probabilidade de que o pedido tenha partido de uma única pessoa.

“É forte e concreta a probabilidade – e não mera possibilidade – de que responsável pela inserção seja uma única pessoa, nas três operações, sendo uma na Polícia Militar e duas na Polícia civil”, diz trecho.

“É forte e concreta a probabilidade – e não
mera possibilidade – de que responsável pela inserção seja uma única pessoa, nas três operações, sendo uma na Polícia Militar e duas
na Polícia Civil”

Ele afirma “sem achismo ou dedução fantasmagórica” que a inserção do telefone de Sangalli nas operações conduzidas pela Polícia Judiciária Civil (Forti e Querubim), no primeiro semestre de 2015, foi um desdobramento da escuta clandestina organizada pelo ex-secretário, uma vez que ela já estava sendo monitorada desde outubro de 2014.

Segundo o desembargador, ela havia sido grampeada pelo que ele chamou de propalado e fictício Núcleo de Inteligência da Polícia Militar de mato Grosso.

A tese ganha força quando Perri cita além da ex-amante a intercepção telefônica da deputada de oposição Janaína Riva e do jornalista José Marcontes “Muvuca”, crítico ferrenho do governo atual.

Outro fato que evidencia o elo entre Paulo Taques e a organização criminosa que se instalou na cúpula da Polícia Militar,  afirma Perri, diz respeito ao fato de que nas eleições estaduais de 2014, o Núcleo de Inteligência da PM efetuou escuta de outro dois advogados: José Antônio Rosa e José Patrocínio de Brito Júnior. 

Ambos, assim como Paulo Taques, atuaram na campanha eleitoral daquele ano, patrocinando candidatos adversários do atual governador, Pedro Taques.  Rosa representava Janete Riva, enquanto Patrocínio advogava para Lúdio Cabral. 

“A única banca que não teve advogado grampeado foi justamente a do Paulo Taques”, ressaltou Perri.

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