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ONG pede o cancelamento de concessão a empresa ligada a Nininho

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ONG pede o cancelamento de concessão a empresa ligada a Nininho

Ednilson Aguiar/O Livre

Deputado Nininho

Deputado estadual Ondanir Bortolini, o “Nininho”: empresa teria dado R$ 7 milhões de propina ao ex-governador Silval Barbosa

A ONG Moral entrou com um pedido na Procuradoria-Geral da República (PGR) para cancelar a concessão da rodovia MT-130, entre Primavera do Leste e Rondonópolis, sob controle da Morro da Mesa Concessionária S/A. De acordo com a delação do ex-governador Silval Barbosa, R$ 7 milhões em propina teriam sido pagos para que a empresa ficasse com a concessão.

A entidade pede “providência urgente para que um serviço público de grau elevadíssimo não possa ser usado por criminosos delatados”. Segundo Silval, o pagamento teria sido arranjado com o deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), que teria ligações familiares com a Morro da Mesa.

O parlamentar nega ter pagado propina e afirma que “não faz e nem fez parte da diretoria ou do conselho de nenhuma das empresas citadas pelo ex-governador”.

Silval conta ter sido procurado por Nininho e Eloi Bruneta, diretor da concessionária, em 2011. O ex-governador relata que, após a reunião, ele e Nininho conversaram reservadamente e Silval propôs que o deputado quitasse algumas dívidas suas. Ele afirma que pediu a Nininho que conversasse com os demais representantes da empresa sobre os pagamentos.

Reprodução/O Livre

ONG Moral pede cancelamento de concessão Morro da Mesa

ONG pede que concessão seja cancelada

O trecho de 122 quilômetros entre Rondonópolis e Primavera do Leste da MT-130 tem pedágios, nos quais o deputado pretendia recuperar o investimento. O ex-governador diz que determinou que o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) executasse os trâmites administrativos – ele não se recorda se a pasta era ocupada por Arnaldo Alves ou por Sinésio de Oliveira à época.

Segundo Silval, os pagamentos da propina foram feitos com 22 cheques, com vencimento mensal no valor de R$ 320 mil emitidos pela Construtora Trípolo Ltda, que pertence à família de Nininho. Ele diz que recebeu os cheques pessoalmente do deputado.

O ex-governador conta que utilizou parte dos valores recebidos para o pagamento de uma dívida com o empresário Jurandir da Silva Vieira, proprietário da Solução Cosméticos. O débito teria sido contraído com aval de Silval por Robério Garcia, conhecido como Berinho (PSB), sócio da construtora Engeglobal, além de Carlos Avalone (PSDB) e Marcelo Avalone, irmãos e sócios na Construtora Três Irmãos.

Um pedido de intervenção na concessão também foi feito ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). A ONG havia feito a solicitação à Corte de Contas há cerca de dois meses, mas o processo teria ficado paralisado.

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