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Nove municípios terão reforço no combate ao analfabetismo

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Nove municípios terão reforço no combate ao analfabetismo

A cada cinco moradores de Acorizal, na faixa etária que vai dos 15 aos 69 anos, um não sabe ler e escrever. Cenário semelhante pode ser encontrado nos municípios de Nossa Senhora do Livramento, Jangada e Nova Brasilândia. Em Chapada dos Guimarães, a proporção é de 1 a cada 10, o que ainda assim corresponde a uma taxa acima da média nacional.

Estes e outros quatro municípios de Mato Grosso serão o ponto de partida de uma iniciativa lançada pelo governo estadual para combater o analfabetismo entre jovens, adultos e idosos.

“Mato Grosso deixou pra trás muitos mato-grossenses. A nossa responsabilidade é de tirar essas pessoas da escuridão”, disse o governador Pedro Taques, no lançamento do programa Muxirum da Alfabetização, na segunda-feira.

De acordo com dados do IBGE, a taxa de analfabetismo entre mato-grossenses de 15 a 69 anos é de 5,9%. O índice geral do Estado é de 7,1% -abaixo da média nacional, que em 2015 foi estimada em 8% (12,9 milhões de pessoas).

Outros municípios selecionados para a primeira fase do programa foram Ipiranga do Norte, Planalto da Serra, Tapurah e Várzea Grande. De acordo com a Seduc, a seleção levou em conta a “situação geográfica” e a taxa de analfabetismo.

“Ao todo, são 16.212 pessoas analfabetas nestas regiões e a meta do programa é alfabetizar 11.200 delas, até dezembro de 2018. Para isso, 207 alfabetizadores foram capacitados e já estão atuando nas localidades”, diz trecho de nota divulgada pela Seduc.

As aulas começaram em maio e são realizadas em escolas das redes municipais e estadual, salões paroquiais, centros comunitários, sedes de fazendas e até mesmo nas residências dos alfabetizadores.

Na segunda etapa do programa, serão contemplados os municípios de Barão de Melgaço, Bom Jesus do Araguaia, Brasnorte, Campo Verde, Confresa, Nobres, Porto Alegre do Norte, Rosário Oeste, Santa Carmem e Vila Rica.

A Seduc anunciou que irá investir aproximadamente R$ 3,7 milhões no programa. Em contrapartida, as prefeituras deverão “mobilizar a sociedade, selecionar e manter os coordenadores locais, vinculados às Secretarias Municipais de Educação, auxiliar na busca de pessoas analfabetas, ceder espaços funcionais, entre outros.”

A palavra “muxirum”, muito comum no linguajar cuiabano, é de origem tupi e significa “mutirão”, “fazer juntos”.

(Com Assessoria)

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