Eleições 2022

“Nosso método não pode ser o da esquerda”, diz Bolsonaro sobre manifestações

Em seu primeiro pronunciamento após a derrota, presidente agradeceu eleitores e falou que manifestações são fruto de indignação

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“Nosso método não pode ser o da esquerda”, diz Bolsonaro sobre manifestações
(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou na tarde desta terça-feira (1º), quase 48 horas após o encerramento da eleição, no segundo turno para o governo do país. No discurso breve, Bolsonaro disse que “cumprirá as regras da Constituição”, sem mencionar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a transição de governo. 

Bolsonaro começou a sua fala com menção às manifestações de caminhoneiros que bloqueiam centenas de pistas pelo país, dizendo ser “fruto do sentimento de indignação e injustiça”. 

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, com invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, afirmou. 

Antidemocrático

Logo em seguida, Bolsonaro falou das interpretações sobre a sua figura pública de “antidemocrática”, e argumentou que “sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição” e não falou em “controle de mídia” – referência uma ideia vinculada a Lula. 

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou. 

Transição de governo

Bolsonaro chamou ministros e apoiadores para acompanhá-lo na coletiva de imprensa, que atrasou em quase uma hora para começar e durou menos de cinco minutos. A informação da transição de governo foi dada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). 

Também em fala curta, Ciro Nogueira disse que o presidente o autorizou a iniciar o processo de transição, assim que for procurado pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. 

Disse ainda que a presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, o informou que o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), deve ser confirmado na quinta-feira (3) como o coordenador da equipe de transição do novo governo. 

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