O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral, entrou com uma representação contra a deputada estadual Janaína Riva (MDB), na qual pede a quebra do sigilo bancário das contas da campanha eleitoral que a reelegeu para mais quatro anos na Assembleia Legislativa. Ela é acusada de arrecadação e gastos ilícitos de recursos.
Dentre as irregularidades, a principal seria a omissão de despesas de contratação de prestadores de serviços. O parecer técnico apontou divergências nas listas de passageiros de voos fretados pela então candidata, de pessoas que trabalharam no comitê de campanha e receberam refeição, de condutores informados pela empresa prestadora de serviço e os que realizaram o abastecimento dos veículos alugados e na lista de pessoas que receberam material de campanha no interior.
No parecer, a procuradoria ressaltou também apontamento da Coordenadoria de Controle Interno, segundo o qual se todas as receitas e despesas da deputada tivessem sido devidamente regularizadas, Janaina Riva teria extrapolado o limite de gastos de R$ 1 milhão estipulado pela Justiça Eleitoral, uma vez que declarou despesas no total de R$ 961,8 mil.
De acordo o MPF, a medida é necessária para obter mais detalhes da real movimentação financeira do período de campanha.
A deputada, por sua vez, assegura que todas as informações obrigatórias de gastos em sua campanha foram rigorosamente prestadas à Justiça Eleitoral e que em momento algum, teve a intenção de omitir qualquer informação. Além disso, disse que os apontamentos são inconsistentes e ressaltou que, mesmo que suas contas sejam reprovadas, isso não implica em impedimento da diplomação ou posse no cargo.