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MPE investiga superfaturamento em projeto de drenagem de viaduto

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MPE investiga superfaturamento em projeto de drenagem de viaduto

Reprodução

Viaduto UFMT alagado

Lançada há uma semana pelo governo do Estado, a obra de drenagem do viaduto da UFMT, na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, está sob investigação do Ministério Público Estadual (MPE). A suspeita é de superfaturamento no valor do projeto, realizado pela própria Universidade Federal.

A afirmação é do secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB). Em entrevista à Rádio Capital FM na manhã desta segunda-feira (25/9), ele pontuou que já chegou a suspender o pagamento da última parcela do convênio firmado entre a UFMT e o Governo do Estado por conta das investigações.

De acordo com Wilson, as suspeitas ocorreram porque o projeto teria custado cerca de 10% do valor total da obra, enquanto que a porcentagem normalmente cobrada é aproximadamente 2%. A apuração estaria por conta do promotor de Justiça Célio Fúrio.

A drenagem da parte inferior do viaduto, onde ocorrem alagamentos durante quase todo o período chuvoso em Cuiabá, deve custar ao Estado cerca de R$ 5,85 milhões. As obras serão tocadas pela empresa Conenge Construção Civil que, ainda de acordo com Wilson, já iniciou os trabalhos.

A previsão, segundo o secretário, é de que o trabalho seja concluído dentro de seis meses. Wilson reconhece, todavia, que o fim do período de estiagem pode prejudicar o andamento do empreendimento.

“Essa é uma obra que deveria ter começado em março ou abril, mas era um projeto muito complexo. Foi feito pela UFMT, submetido à CAB. Teve inúmeras idas e vindas”, argumenta.

Obras “bichadas”

Segundo Wilson, pelo menos 10 obras que deveriam ter sido entregues ao Governo do Estado antes da Copa do Mundo de 2014, mas que não foram concluídas a tempo, já foram “destravadas”.

O secretário pontuou, todavia, que “quase todas as obras ligadas à Copa do Mundo são bichadas, têm erros de projeto”. Entre os exemplos, Wilson citou a duplicação da Avenida Arquimedes Pereira Lima que, de acordo com ele, precisará ser refeita em um trecho, por conta de falhas.

“Terminaram de fazer o projeto executivo na semana passada, quer dizer, fizeram toda uma obra sem ter um projeto executivo”, criticou, pontuando que a situação ocorreu porque a duplicação foi licitada por meio do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que permite a contratação dos projetos básico e executivos ao mesmo tempo.

COTs

Wilson pontuou ainda a situação dos Centros Oficiais de Treinamento (COTs). O da UFMT, de acordo com o secretário, está com 90% das obras concluídas e deve ser entregue à universidade no final do ano.

Já o COT do Pari, em Várzea Grande, tem previsão de ser retomado pelo governo no ano que vem. O recurso necessário para a obra, algo em torno de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões, nas palavras de Wilson, deve ser incluído na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018.

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