O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu mais 120 dias para concluir a investigação dos indícios de um novo crime supostamente cometido pela ex-senadora Selma Arruda, nas eleições de 2018.
Selma Arruda está sendo investigada por falsidade ideológica no mesmo processo que levou à cassação de seu mandato em 2020.
No pedido feito à Justiça Eleitoral, o promotor Arnaldo Justino diz que o delegado responsável pelo caso continua com a apuração em aberto e carece de mais prazo para chegar a uma conclusão sobre os vieses penais.
“Observa-se que as investigações ainda estão em andamento, sendo evidente a necessidade de diligências a serem realizadas para formação da opinião delitiva, tornando-se pertinente a concessão de prazo para a conclusão das investigações relativas à infração penal eleitoral, pelo delegado de polícia”, afirmou.
Selma Arruda teve o mandato cassado em dezembro de 2019 por não declaração de R$ 1,5 milhão usado na campanha que a elegeu ao Senado, o que foi interpretado como abuso de poder econômico.
Segundo sua defesa, a fonte do dinheiro seria o produtor rural Gilberto Possamai, seu primeiro suplente na chapa eleitoral. Ainda conforme a defesa, o dinheiro teria sido repassado para candidata como empréstimo.
Um contrato de firmação do empréstimo foi anexado ao processo de resultou na cassação pelas defesas de Selma e Possamai.
Contudo, segundo denúncia do senador Carlos Fávaro (PSD), que assumiu o cargo em 2020, primeiro em mandato tampão e depois como eleito em campanha suplementar, o empresário Possamai teria dito que o contrato teria sido “forjado”. Essa versão abriu a investigação sobre falsidade ideológica.