O Ministério da Agricultura confirmou um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (doença da vaca louca) em um animal macho de 9 anos. O caso foi regisrado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA) e mobilizou todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras.
A agência de defesa agropecuária do Pará disse que trata-se da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza em animais mais velhos. Nestes casos, não haveria risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano.
O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. A propriedade em que o caso foi encontrado, possui 160 cabeças de gado, já está isolada pela agência.
Exportações suspensas
O Ministério da Agricultura informou que as exportações de carne bovina do Brasil para a China estarão suspensas temporariamente a partir de hoje (23). A medida faz parte do protocolo sanitário oficial devido à confirmação de um caso atípico.
Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.
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“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação. O assunto está sendo tratado com total transparência, para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.
O que é a doença da vaca louca?
A encefalopatia espongiforme bovina surgiu na década de 1980, na Europa. A doença é degenerativa, crônica e fatal. Afeta o sistema nervoso central dos animais. Há duas formas da doença da vaca louca: a atípica e a clássica.
Atípica: não tem relação com o consumo de alimento proibido e ocorre de forma espontânea e isolada em bovinos; acomete principalmente bovinos com idade superior a 8 anos.
Clássica: é provocada pela forma infectante de uma proteína encontrada nos restos mortais de bovinos que manifestaram a doença. Nesse caso, a contaminação em outros animais, inclusive os humanos, se dá por meio do consumo de alimento que contém essa proteína e gordura de origem animal, como farinha de ossos, carnes e carcaças. Essa prática é proibida na alimentação tanto de outros bovinos como de bubalinos, caprinos e ovinos.
(Da Assessoria)