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Meia dúzia de secretários sobrevivem no cargo desde o início do governo Taques

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Meia dúzia de secretários sobrevivem no cargo desde o início do governo Taques

José Medeiros/Gcom

Secretariado na posse

Secretariado empossado por Pedro Taques no primeiro dia de governo

Meia dúzia de secretarias, das 24 existentes no governo de Mato Grosso, continuam com os mesmos titulares desde 1º de janeiro de 2015, mesmo em meio às turbulências pelas quais o governo passou nesses dois anos e dez meses. No total, o governador Pedro Taques (PSDB) fez 29 mudanças no secretariado nesse período.

A última leva de trocas no primeiro escalão foi motivada pelo escândalo dos grampos ilegais, resultando em sete mudanças. Três secretários foram exonerados depois de serem presos, suspeitos de envolvimento no caso.

Entre os que permanecem está José Arlindo, o homem de confiança do governador, que já atuava como chefe de gabinete de Taques no Senado e desde o início do atual mandato é secretário do Gabinete de Governo. Ele também coordena a Caravana da Transformação.

Suelme Evangelista Fernandes, historiador e militante do PSB, uma das poucas nomeações assumidamente políticas a integrar o staff desde o início, segue no comando da Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). Julio Modesto, administrador, segue na Secretaria de Gestão (Seges).

Marcelo Duarte, também administrador e ex-diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), continua tocando a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra). Leandro Carvalho, maestro da Orquestra do Estado de Mato Grosso, continua no comando da Secretaria de Cultura.

Ciro Rodolpho Gonçalves, auditor, continua como chefe da Controladoria Geral do Estado (CGE), cargo que só pode ser ocupado por um servidor de carreira.

Remanejamentos

Outros três estão no primeiro escalão do governo desde o início, mas em cargos diferentes. É o caso do advogado Marco Aurélio Marrafon, que passou pela Secretaria de Planejamento (Seplan) e hoje está na Educação (Seduc).

O empresário Gustavo de Oliveira, hoje na Fazenda (Sefaz), também já passou pela Seplan e pelo Gabinete de Assuntos Estratégicos. O atual titular do gabinete, o jornalista Jean Campos, iniciou o governo como secretário de Comunicação.

Joana Castro/O Livre

arte mudanças governo pedro taques

Grampos ilegais

As mudanças mais recentes no secretariado foram motivadas pelas investigações sobre um esquema de grampos ilegais que teria tentáculos na cúpula do governo e da Polícia Militar. O caso motivou sete trocas no primeiro escalão.

Somente na Casa Civil, foram duas mudanças: Paulo Zamar Taques deixou o cargo em 11 de maio, no dia que estourou o escândalo dos grampos. Primo do governador, o argumento à época foi que ele seria advogado do tucano no caso. Desde então, Paulo já foi preso duas vezes suspeito de envolvimento no esquema.

Seu substituto, José Adolpho, é suspeito de fraudar o protocolo do Palácio Paiaguás para atrapalhar a investigação sobre o caso. Pediu exoneração e foi substituído depois da última leva de prisões. O novo titular da pasta, o deputado estadual licenciado Max Russi (PSB), foi anunciado na segunda-feira (2).

A nomeação de Max Russi como chefe da Casa Civil levou a outro remanejamento no staff, pois ele era secretário de Trabalho e Assistência Social (Setas). Indicou a servidora da pasta e assistente social Mônica Camolezi para ficar em seu lugar.

Ednilson Aguiar/O Livre

Ex-secretário Paulo Taques Casa Civil

Paulo Zamar Taques, primo do governador, foi preso suspeito de grampos ilegais

O secretário de Segurança Pública (Sesp), o delegado Rogers Elizandro Jarbas, também pediu exoneração depois de ser preso, suspeito de obstruir a investigação dos grampos. Seu substituto é o também delegado e ex-adjunto da pasta Gustavo Garcia.

O caso dos grampos motivou mudanças também na Casa Militar. O coronel Evandro Lesco pediu exoneração depois de ser preso suspeito de integrar o esquema. No lugar dele, foi nomeado o coronel Wesley de Castro Sodré.

A prisão do também coronel Airton Benedito de Siqueira, por suspeita de envolvimento nos grampos ilegais, motivou outra mudança no staff. Ele deixou o comando da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e foi substituído pelo delegado de polícia Fausto Freitas da Silva. O delegado respondia pelo Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção e, em seu lugar, foi nomeado o adjunto Carlos Corrêa Ribeiro Neto.

Comunicação

Outra mudança recente foi a nomeação do jornalista Marcy Monteiro para responder interinamente pelo Gabinete de Comunicação (Gcom). Ele substitui o também jornalista Kleber Lima, afastado do cargo por decisão judicial, depois de denúncias de servidores que o acusam de assédio moral e sexual.

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