Os réus da Operação Bereré que deixarão a prisão nesta sexta-feira (24) não terão que usar tornozeleira eletrônica. A medida cautelar mais restritiva definida pelo desembargador José Zuquim Nogueira foi que eles permaneçam em casa no período noturno e nos dias de folga. Além disso, terão que comparecer mensalmente em juízo, para informar e justificar suas atividades, pelo período de 6 meses, e estão proibidos de deixar o país.

Devem deixar a prisão nas próximas horas o deputado estadual Mauro Savi (DEM), o ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, seu irmão, o advogado Pedro Jorge Taques, Claudemir Pereira dos Santos “Grilo” e Roque Anildo Reinheimer. Todos foram presos na Operação Bônus, segunda fase da Bereré, em 9 de maio.

Acusados de integrar uma organização criminosa, formada também por empresários e deputados estaduais, que supostamente desviou mais de R$ 30 milhões em um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), eles tentaram por diversas vezes obter a liberdade. Conseguiram o habeas corpus na noite de quinta-feira (23), em uma decisão do pleno do Tribunal de Justiça.

Operação Bereré

O esquema de corrupção no Detran passou a ser investigado após delação premiada do ex-presidente da autarquia Teodoro Lopes, o “Dóia”. A operação Bereré foi deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em fevereiro deste ano.

A primeira fase da operação resultou na intervenção do Estado junto à administração do Detran, por decreto do governador Pedro Taques. Ele determinou que o pagamento quanto aos serviços prestados pela EIG Mercado – pivô da investigação – fosse repassado ao Estado. A intervenção ainda está em vigor.

Já a segunda fase da operação, denominada Bônus, foi deflagrada no dia 9 de maio. Foi quando houve a prisão do ex-secretário-chefe da Casa Civil Paulo Taques, do advogado Pedro Zamar Taques, do deputado estadual Mauro Savi e dos empresários Claudemir Pereira dos Santos, Roque Anildo Reinheimer e Valter Jorge Kobori. Este último conseguiu liberdade junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público contra 58 pessoas investigadas. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) acatou a denúncia nesta quinta-feira (23).​

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