Consumo

Mato Grosso perdeu 26 mil empregos em abril, aponta Caged

Primeiro mês completo atravessado pela pandemia fez o Estado entrar na margem negativa de abertura em novas vagas de trabalho

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Mato Grosso perdeu 26 mil empregos em abril, aponta Caged
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

Mato Grosso perdeu quase 26 mil postos de trabalho formal em abril, o primeiro atravessado no regime de quarentena para combater a pandemia de coronavírus. O mercado de trabalho reduziu 1,6% no mês passado. Um percentual proporcionalmente maior que a média de, ao menos, uma região inteira do Brasil. 

Os dados estão no levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27), pelo Ministério do Trabalho. 

A redução do trabalho formal já era esperada por analistas por causa da paralisação da maior parte da atividade econômica, na esteira dos decretos de isolamento social. 

Conforme o Caged, Mato Grosso abriu 14.296 vagas de emprego no mês passado, contudo, fechou 25.827, terminando o período com o resultado negativo de 1,6%. 

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Para se comparar, a região Norte, uma das últimas a baixar medidas de isolamento, teve média de 1,52% na redução de empregos formais. 

Esse resultado fez Mato Grosso entrar na margem negativa de geração de emprego no ano. No acumulado de janeiro a abril, o Estado abriu 114.811 novos postos de trabalho e fechou 115.492, (-0,10%) uma diferença que totaliza em 681 pessoas desempregadas. 

Outros meses 

Março, que em sua maior parte contou com os estabelecimentos comerciais abertos, também teve resultado negativo. Mato Grosso perdeu 2.590 postos de trabalho. 

Os dois primeiros meses do ano, quando ainda não se falava em pandemia no Brasil, tiveram resultado positivo, com crescimento mínimo de 0,36% dos empregados. 

Setores com mais demissões 

O comércio foi o setor que mais demitiu no mês passado. Conforme o levantamento do Caged, 4.459 pessoas perderam o emprego em abril neste ramo.  

Logo em seguida, aparece o agronegócio, com fechamento de 1.715 vagas. Esse setor é acompanhado de perto pelo segmento de alimentação, outro que teve reflexo negativo quase que imediato. 

Bares, restaurantes, hotéis, casas noturnas e estabelecimentos afins mandaram 1.399 funcionários embora no mês passado. 

“Esse número precisa ser analisado pelas medidas tomadas pelas empresas: pessoal saiu de férias, houve suspensão de contrato, salário reduzido, tudo para segurar empregado. Então, eu acredito que esse número ainda vai subir nos próximos meses”, disse o diretor da Federação do Comércio de Bens e Serviço (Fecomércio) em Cuiabá, Marco Pessoz. 

O empresário afirma que um resultado mais próximo à realidade do impacto da pandemia no mercado de trabalho deverá ser sentido em maio e junho, quando medidas tomadas pelas empresas começarem a esgotar. 

“O resultado para o comércio era o que estávamos esperando, mas ainda há muita coisa que continua parada, os shopping centers, por exemplo. Quantos milhares de funcionários têm nos shoppings?”, ele questiona. 

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