Mais de 2 mil servidores públicos de Mato Grosso receberam irregularmente o auxílio emergencial, pago pelo governo federal para suplementar a renda de pessoas pobres durante a pandemia.
O valor que caiu na conta bancária de 2,1 mil servidores soma cerca de R$ 1,5 milhão. Os números estão em levantamento divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Conforme o tribunal, o valor corresponde à primeira parcela do auxílio e foi pago entre abril e maio.
O levantando identificou 2.103 servidores estaduais no cadastro de beneficiados. Desses, 1.684 (80%) receberam o valor mínimo de R$ 600 e outros 419 (19,9%) receberam o valor máximo, de R$ 1,2 mil.
Os servidores beneficiados estão lotados em 14 órgãos que representam 67,4% dos beneficiados. A maioria (57%) está na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), seguidos pelos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com 5,5%.
A segunda maior parcela de beneficiados está entre servidores inativos e pensionistas, que recebem salário pelo Mato Grosso Previdência (MTPrev). Eles corresponderam 32,5% no universo de cadastros identificados pelo TCE.
Ainda segundo o levantamento, dos 2.103 servidores estaduais beneficiados indevidamente, 1.130 estão inscritos no Cadastro Único (53,73%) e 300 no Bolsa Família (14,27%).
Parte dos beneficiados pode ter recebido auxílio automaticamente por conta dessas inscrições.