Cidades

Lixo se transformará em gás de cozinha no São Gonçalo Beira Rio

Família recebeu um homebiogás e não precisará mais se preocupar com o preço do botijão de gás

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Lixo se transformará em gás de cozinha no São Gonçalo Beira Rio

Uma família do São Gonçalo Beira Rio está fazendo um negócio da “china”, como se diz por aí. Todos os dias, ela troca 5 quilos de restos de comida por 3 horas de gás de cozinha. Como? Por meio do uso de um aparelho biodigestor chamado Homebiogás.

A tecnologia veio de Israel e resolve três problemas com “uma cajadada só”. Reduz as despesas familiares, já que o botijão custa em média R$ 112 em Cuiabá; reduz a quantidade de lixo que vai para o aterro sanitário; e ainda produz um fertilizante de alta eficiência, que pode ser usado nas plantas do quintal ou até ser vendido.

A instalação do produto faz parte de um projeto desenvolvido pela empresa Ekoenergy – que revende o equipamento – e chama-se “Gás para Todos os Ribeirinhos”.

O piloto foi executado no quintal de Dona Domingas, líder do grupo Flor Ribeirinha, que trabalha com o desenvolvimento da cultura cuiabana. O lançamento oficial será no sábado (4), um dia antes do Dia Mundial do Meio Ambiente.

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Como surgiu o projeto?

Conforme o diretor da Ekoenergy, Marcus Vinicius Ferreira, o projeto inicial era com escolas públicas. A empresa chegou a instalar cinco homebiogás em unidades diferentes. Contudo, a pandemia impediu a continuidade dos trabalhos.

Então, eles passaram a pensar como dar sequência ao projeto, mas atingindo pessoas afetadas pela pandemia. Logo, surgiu a ideia dos ribeirinho, tendo em vista que muitos vivem de restaurantes, artesanatos e atividades turísticas.

Além do São Gonçalo Beira Rio, a empresa está em busca de parceiros para ampliar o atendimento para outras cinco comunidades, como o Pai André e Bom Sucesso, ambas em Várzea Grande, perfazendo um total de 500 famílias.

Como funciona o equipamento?

O equipamento funciona a partir da decomposição anaeróbia (sem oxigênio) dos alimentos. No processo, se produz o gás metano e é ele que vai alimentar as chamas do fogão.

Vale lembrar que, quando este processo acontece ao ar livre, o gás metano torna-se tóxico e pode trazer muitos problemas para saúde.

Já no biodigestor, ele é queimado, perdendo a toxidade, sem contar que como a pressão é menor que a do botijão de gás, torna-se mais seguro.

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O que preciso para ter um ?

Um pequeno espaço de área livre – 1,20 por 2 metros -, de preferência onde incida raios solares para facilitar a decomposição dos alimentos é o necessário para ter um desses em casa.

Ele é vendido em dois modelos. Um deles com capacidade de receber 5 quilos de resíduos e produzir 3 horas de gás. E outro com capacidade de receber 10 kg de resíduos e produzir até 6 horas de gás.

O homebiogás com menor capacidade custa em média R$ 5,9 mil, sem considerar os custos de instalação, e os técnicos precisam de duas horas para dar início ao funcionamento.

Ferreira lembra que antes de começar a usar o gás, a pessoa precisa abastecer o equipamento com esterco animal e esperar aproximadamente 20 dias, tempo necessário  para a bactéria responsáveis pela decomposição estarem em condições de trabalhar.

Junto com o aparelho, a empresa já instala o fogão. De uma boca para o equipamento menor e de duas bocas para o maior.

Só funciona com resto de alimentos?

Não. Funciona também com fezes animais, o que segundo o diretor da empresa, consegue produzir ainda mais gás e o torna o equipamento extremamente viável para áreas rurais.

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