Líder do PSB na Câmara Federal, a deputada Tereza Cristina Correa da Costa afirmou que a comunicação da destituição dos presidentes estaduais da sigla deve chegar ao Tribunal Regional Eleitoral dos Estados de cada um dos dirigentes punidos. Eles ainda não foram notificados da decisão da direção nacional do partido.
Além dela, o presidente do PSB em Mato Grosso, deputado federal Fábio Garcia, e das direções de Roraima e do Ceará foram punidos com a destituição dos cargos nos seus respectivos Estados. Eles descumpriram a orientação do partido para votar contra a reforma trabalhista, nesta semana, na Câmara Federal.
Em entrevista à Rádio Capital, a parlamentar informou que o grupo vai recorrer da decisão. “A posição foi um tanto arbitrária e pouco democrática”, disse a socialista. Ela explicou que o partido foi comunicado da divisão que existia sobre os votos dos 35 deputados federais nas reformas trabalhista e da previdência. Esta última ainda em tramitação na Câmara Federal.
Ela contou que levou o encaminhamento para o presidente do partido, Carlos Siqueira, mas que foi voto vencido na direção do partido. “Muitos já tinham posicionamento, fizemos uma reunião e entramos com recursos para nos liberar. Sabíamos que, se votasse contra, teríamos sanção. Resolvemos que cada um votaria com a sua consciência e convicção. Foram 16 votos contra e 14 votos a favor da reforma trabalhista”, detalhou.
Para a deputada, foi “uma rebeldia com causa”. “O que nos deixou muito chateados e até perplexos foi isso (decisão da Executiva para votar contra a reforma) acontecer na véspera da votação. Nós já tínhamos declarados a posição para os nossos eleitores, foram eles quem nos levaram para a aquela Casa e isso seria uma incoerência”, explicou Tereza.
Fábio Garcia afirmou que votou com a sua consciência e convicção. Ele disse que não vai tomar nenhuma decisão precipitada. Desde quinta-feira, o deputado vem conversando com os seus colegas de partidos e na próxima semana deve anunciar algum posicionamento.
