A juíza da Vara de Ações Coletivas de Cuiabá, Célia Regina Vidotti, negou o pedido do ex-assessor da Assembleia Legislativa, Geraldo Lauro, de perícia em cheques que somam R$ 2,2 milhões. Os documentos fazem parte de uma investigação de corrupção no âmbito político.
Eles foram emitidos durante a gestão dos ex-deputados estaduais José Geraldo Riva e Humberto Bosaipo no comando da Assembleia. A defesa de Geraldo Lauro, responsável pelo setor financeiro na mesma época, sugeriu que os cheques poderiam ter assinatura falsificada.
Porém, na decisão publicada no Diário Oficial de Justiça nesta segunda-feira (18), a juíza diz que o pedido do ex-assessor é “genérico” e não aponta quais as folhas poderiam ter sido fraudadas e os crimes poderiam ser identificados.
“A autenticidade das assinaturas não foi contestada na defesa, não há controvérsia sobre a questão […] pois [o ex-assessor] sequer especifica quais os documentos que pretendem que sejam periciados e o que se pretende comprovar”, afirmou.
Os crimes de corrupção pública são investigados pela Polícia Judiciária Civil (PJC) e pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPE-MT). Eles teriam sido cometidos entre 2002 e 2007 e envolveriam empresas do ex-bicheiro João Arcanjo.