A Justiça de Mato Grosso mandou apreender a soja produzida no plantio experimental realizado por produtores ligados à Associação dos Produtores de Milho e Soja (Aprosoja).
A decisão é do desembargador Mário Roberto Kono de Oliveira. Ele concedeu uma liminar (decisão provisória) ao Ministério Público do Estado (MPE), determinando que a colheita oriunda do projeto seja armazenada em silos a serem indicados pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea).
Segundo o magistrado, a medida visa a impedir que produtores usem produção oriunda do plantio considerado ilegal.
O Ministério Público contesta a qualidade da soja produzida em período de entre safra em Mato Grosso. Segundo o órgão, o plantio no mês de fevereiro expôs o grão a maior contágio de pragas, como da ferrugem asiática.
Argumenta ainda que o cultivo fora do tempo facilita a disseminação de doenças para outras áreas de cultivo. O MP defende que seja seguido calendário oficial de plantio, entre 16 de setembro e 31 de dezembro.
O Ministério Público já ingressou com 14 ações civis públicas para a Justiça determinar a destruição das lavouras experimentais e a condenação da Aprosoja e de produtores rurais “na reparação dos danos ambientais e econômicos advindos deste plantio”.