O Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso oficializou a demissão do policial militar Marcos Vinicius Pereira Ricardi, acusado de participar no assassinato da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues. O crime ocorreu em setembro de 2019, em Sinop (500 km de Cuiabá).
Ele já é réu em uma ação penal oferecida pelo Ministério Público Estadual, na qual são atribuídos os crimes de homicídio qualificado, cometido de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, contra a mulher em razão de gênero (feminicídio) e também ocultação de cadáver. A data do júri popular ainda será marcado pela Justiça.
A decisão que oficializou a demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta quinta-feira (7).
No ato assinado pelo Comandante Geral da Polícia Militar, Jonildo José de Assis, consta que a Corregedoria da PM investigou os fatos e a punição coube ao Conselho de Disciplina da Corporação, por infração aos valores éticos, morais, deveres e obrigações previstas no Estatuto dos Militares de Mato Grosso.
Duas demissões
A mesma edição do Diário Oficial trouxe a demissão do policial militar Esly Borges Massena Júnior, condenado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso a 4 anos, 7 meses e 24 dias de reclusão.
Os crimes cometidos por ele foram: posse irregular e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comercialização de armas e munições dentro do Fórum da Comarca de Ribeirão Cascalheira (547 km de Cuiabá).
A demissão também foi justificada por violação ética e moral pelo Conselho de Disciplina da PM.
De acordo com a ação penal que tramitou na 11ª Vara Criminal, policiais militares, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão expedido pelo Juízo da Comarca de Ribeirão Cascalheira, localizaram em posse de Esly Júnior uma quantidade de armas de fogo e munição que não foi devidamente justificada.
O material apreendido foi uma carabina CBC modelo 7022, uma pistola pt 101, calibre .40, uma pistola n. 34608, com carregador, além de grande quantidade de munições, carregadores para pistola, coldres, estojos de munição, potes com pólvora e lunetas.
No momento da prisão, Esly Júnior admitiu a propriedade de um dos objetos apreendidos, afirmou não possuir a documentação das armas.
Ainda foi descoberto que o PM comercializava as armas de fogo e munições no Fórum de Ribeirão Cascalheira.