Todos os meses, o governo de Mato Grosso aposenta 200 servidores públicos. Se o ritmo continuar assim, a Previdência do Estado deve chegar ao colapso em 2022, quando vão existir mais aposentados do que servidores na ativa.
A afirmação é da gestão do governador Mauro Mendes (DEM), que destaca ainda não ter uma alternativa para o atual regime de Previdência do Estado.
Mendes, assim como outros governadores do país, esperava que a reforma debatida no Congresso Nacional incluísse, além dos trabalhadores do regime geral e servidores da União, os funcionários públicos dos demais entes da federação. O que acabou não ocorrendo.
Diante disso, o governador alerta que Mato Grosso vai precisar de mais recursos, se nada for mudado. Atualmente, o Estado tem que usar – todos os meses – cerca de R$ 100 milhões da arrecadação de impostos para bancar todas as aposentadorias.
“Ou mudamos isso ou vai quebrar a Previdência e o bolso da sociedade, que vai precisar pagar mais e mais impostos”, afirma Mendes.
Atualmente, os servidores da ativa contribuem com 11% de seus salários e o governo injeta mais 22% para abastecer o caixa do MT Prev. Isso gera, ainda de acordo com o governo, uma receita de R$ 170 milhões, quando o valor total de todas as aposentadorias chega a marca de R$ 170 milhões.
Só em 2019 as aposentadorias e pensões pagas pelo governo do Estado já consumiram R$ 1,5 bilhão. No ano passado, o total gasto com elas foi de R$ 3,3 bilhões.
LEIA TAMBÉM
Neurilan defende que municípios estejam na reforma da Previdência
Confira principais pontos do texto-base da reforma da Previdência
Câmara deve iniciar na terça-feira discussão sobre reforma da Previdência