Mato Grosso

Ex-adjunto da Saúde e empresário são alvos da suspeita de desvio de R$ 13 milhões

Gilmar de Souza Cardoso é investigado em ao menos duas operações deflagradas neste ano com alvo na Secretaria de Saúde

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Ex-adjunto da Saúde e empresário são alvos da suspeita de desvio de R$ 13 milhões
(Foto: Secom Câmara dos Vereadores de Cuiabá)

O ex-secretário-adjunto da Saúde de Cuiabá, Gilmar de Souza Cardoso, foi um dos alvos da Operação Iterum deflagrada ontem (4) pela Polícia Federal. Ele é investigado pela relação com a empresa Log Lab Inteligência Digital, que teria participado do desvio de R$ 13 milhões.

O dono da Log Lab, empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira, também é investigado na operação. A Polícia Federal cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra pessoas jurídicas e físicas.

Além do ex-adjunto e do empresário, estão na lista os servidores Geanatan Andrade Mota, Dejair José Pereira Júnior, Ramon Polaco Oliveira e Rogério Leandro Alves. As empresas investigadas são Log Lab Inteligência Digital Ltda., Log Lab Inteligência Digital SCP Integração, e Global Geneses Tecnologia e Serviços.

Conforme a PF, a Log Lab Inteligência Digital Ltda. assinou contratos no total de R$ 52,8 milhões com a Prefeitura de Cuiabá e a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). Da quantia, cerca de R$ 13,7 milhões eram de transferências da União para serviços em saúde.

A suspeita sobre as atividades da empresa iniciou em análise de relatório do Conselho de Atividades Financeiras (COAF), com baixo percentual de movimentação de dinheiro para pagamentos e funcionários e emissão de cheques de valores altos nominais ao empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira.

Ainda conforme PF, entre 2019 e 2020, a Log Lab movimentou em uma única conta R$ 248,1 milhões em crédito e débito. A emissão de cheques para Antônio Fernando teria somado R$ 14,9 milhões; ao mesmo tempo, 5,8% do valor foram identificados como pagamento de funcionários.

O ex-adjunto Gilmar de Souza Cardoso trocou de cargo uma vez nos últimos anos, como servidor comissionado da Secretaria de Saúde. Ele iniciou o contrato como coordenador de tecnologia e informática e, em 2022, assumiu, chegou a secretário-adjunto de gestão.

Gilmar já tinha aparecido como alvo em outra operação policial, deste ano. Ele é apontado como suspeito pela Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) na Smartdog.

A ação foi deflagrada pela Polícia Civil em fevereiro para apurar irregularidades em contrato de R$ 32 milhões da Secretaria de Saúde, para colocar chip cães e gatos em Cuiabá.

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