Ednilson Aguiar/O Livre
A Prefeitura de Cuiabá deve lançar neste mês o edital de licitação da coleta de lixo. A estimativa é que o novo contrato custe aproximadamente R$ 34 milhões por ano para o município.
Segundo o secretário de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa, além da coleta em si, a empresa a ser contratada terá que instalar lixeiras subterrâneas na capital. A previsão é de 80 equipamentos por ano. Considerados de alta tecnologia, eles devem incluir Cuiabá no cenário da coleta seletiva de resíduos.
Ainda conforme Stopa, o município pagará de R$ 145 a R$ 160 por tonelada de lixo coletado. Por mês, os cuiabanos produzem aproximadamente R$ 15 mil toneladas de resíduos. Já as lixeiras subterrâneas, a estimativa de preço varia de R$ 100 mil a R$ 130 mil a unidade.
“Queremos contratar uma empresa séria, mas claro que nossa escolha vai se basear também no menor preço oferecido na licitação”, explica o secretário, segundo quem o contrato terá validade de um ano, mas poderá ser prorrogado por mais quatro consecutivos.
Coleta seletiva
Junto com as lixeiras subterrâneas, a prefeitura deve desenvolver um programa de educação ambiental para os cuiabanos. Isso porque, de acordo com Stopa, a medida em que os equipamentos forem instalados, o formato da coleta de lixo vai ser alterado.
Além de separar o lixo seco – como garrafas, latas e embalagens de papel – do úmido – restos de comida e outros materiais orgânicos –, as pessoas terão que levar estes resíduos até as lixeiras subterrâneas.
“Acaba a coleta de porta em porta”, diz Stopa, segundo quem os caminhões passarão a recolher somente o lixo depositados nas lixeiras subterrâneas.
As primeiras regiões a receberem os novos equipamentos serão aquelas com maior concentração de pessoas e trânsito mais intenso. O secretário antecipa, por exemplo, que a Praça da República, na região central, terá uma lixeira instalada.
Tecnologia
O edital a ser lançado pela prefeitura também prevê um sistema de transparência na pesagem do lixo. Conforme Stopa, a ideia é que sejam instaladas câmeras nas balanças que possam ser acessadas por qualquer cidadão, por meio de smartphones.
“Vamos disponibilizar isso a toda sociedade, como uma ferramenta de transparência. Muito se fala de corrupção na hora de se pesar o lixo. O processo é bom, mas tem os seus riscos no sistema”, justifica.
Atualmente, a coleta de lixo em Cuiabá é feita pela Locar Gestão de Resíduos. A empresa foi a segunda colocada na última licitação feita pela prefeitura. Passou a operar depois que a Ecopav Soluções Urbanas desistiu do contrato.
