O esquema desvio de dinheiro da Secretaria de Saúde de Sinop foi delatado por um médico que participava das ações da organização criminosa. O depoimento dele à Polícia Civil aponta que o grupo também superfaturou um contrato para a prestação de serviços de médicos plantonistas ao SUS (Sistema Único de Saúde).
A Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) investiga três contratos da prefeitura com a empresa ligada ao ex-secretário de Saúde Cuiabá, Célio Fernandes, e ao advogado Hugo Florêncio de Castilho, presos ontem (19) na abertura da Operação Cartão-Postal.
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O médico seria o dono da empresa que prestaria os plantões para a prefeitura. Ele disse que teria assinado um contrato em outubro de 2022 com o Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), cuja associação de donos inclui Hugo Castilho.
O contrato previa plantonistas para UPA (Unidade de Pronto Atendimento), policlínica e Corpo de Bombeiros, ao valor de R$ 1,3 milhão. Conforme o depoimento do médico, a quantia estava superfaturada.
Ainda conforme o delator, entre novembro de 2022 e janeiro 2023, ele repassou R$ 877 mil para Hugo Florêncio Castilho.
Essas informações desencadearam uma investigação de seis meses e a descoberta de que o esquema havia começo quatro meses antes da entrada do médico no esquema, em junho de 2022.