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Embargo dos EUA à carne brasileira deve acabar em até dois meses, diz Blairo

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Embargo dos EUA à carne brasileira deve acabar em até dois meses, diz Blairo

Divulgação/Mapa

blairo eua ministro

 Apesar dos sorrisos, Maggi não consegui reverter embargo a carne brasileira

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, não conseguiu reabrir o mercado americano para a carne brasileira in natura. Nesta segunda-feira (17), ele se reuniu com o ministro da Agricultura dos EUA, Sonny Perdue e afirmou que o embargo deve terminar em até dois meses. “Eu penso que será o mais rápido possível, num horizonte de 30 a 60 dias”, ressaltou.

Na ocasião, Perdue garantiu a Maggi que não há qualquer objeção política por parte do governo dos EUA e disse que não é do interesse americano continuar com o mercado fechado para o Brasil. “Ambos os países se comprometeram a intensificar as discussões técnicas para, após esclarecidas as eventuais não conformidades, retomarem o comércio”, afirmou.

Problemas na carne

 

Entre as não conformidades que mais preocuparam o mercado americano, cita Maggi, foram partes de ossos encontradas em alguns lotes. O ministro explica que os países livres de febre aftosa com vacinação não podem exportar peças com ossos. “Então, esse é um ponto que temos que rever no Brasil”, detalhou.

Nos frigoríficos, segundo o ministro, existem scanners que mapeiam todo o produto que sai com destino aos EUA. Isso deveria ter sido identificado antes que fosse encaminhado ao país do destino. “Isso acende um sinal amarelo”, garantiu.

Segundo Maggi, uma das medidas para evitar tanto os abscessos quanto o envio de cortes com pedaços de ossos está a redução do tamanho dos cortes de dianteiro, seguindo recortes, cubos, iscas ou tiras. “Isso vai facilitar a identificação de eventuais problemas”.

Maggi alegou ainda que aguarda apenas posições técnicas, uma vez que mudanças no padrão de produção da carne exportada aos Estados Unidos já foram implementadas pelos frigoríficos brasileiros e apresentadas aos técnicos norte-americanos.

“Tenho certeza que as mudanças que nós fizemos são tecnicamente aceitáveis, mudam muito o patamar que estávamos antes, então eu fico muito animado porque sei que elas [mudanças] serão reconhecidas pelos técnicos americanos. E, assim que forem aceitas, nós voltaremos ao mercado”, finalizou.

Os Estados Unidos anunciaram no último dia 22 de junho que iriam suspender a importação de carne brasileira por questões fitossanitárias. À época, o USDA afirmou que o motivo seria algumas não conformidades, entre elas, estaria o acumulo de pus em peças da dianteira devido a aplicação da vacina contra a febre aftosa.

 

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