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Emanuel Pinheiro chama de “politiqueiro” pedido de intervenção na saúde

Prefeito criticou ainda a mobilização dos médicos que prevê greve a partir de segunda-feira (5)

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Emanuel Pinheiro chama de “politiqueiro” pedido de intervenção na saúde
(Foto: Natália Araújo / O LIVRE)

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, definiu como “medida politiqueira” o pedido de interdição na saúde municipal apresentado pelo Ministério Público Estadual. O chefe do Executivo alegou estar sendo perseguido pelo procurador geral de Justiça, José Antônio Borges, que estaria tentando entregar a saúde da Capital para o governo do Estado.

Emanuel Pinheiro preferiu realizar uma coletiva de imprensa na tarde desta sexta-feira (2), para apresentar o posicionamento do município também quanto a sinalização de greve por parte dos médicos da rede pública de saúde. O movimento paredista tem previsão de início para a próxima segunda-feira (5).

Intervenção da saúde

A ação foi apresentada à Justiça nessa quinta-feira (1º), após o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) provocar a Promotoria por conta dos problemas que existiriam na rede.

Emanuel rebateu as acusações e disse que a decisão tomada pelo procurador geral é “politiqueira”, em favor da gestão atual do governo estadual, a qual tem Mauro Mendes (UB) como candidato à reeleição e principal oponente de Márcia Pinheiro (PV).

“A perseguição é dele, do procurador José Antônio Borges”, disse Emanuel. “Que quer entregar a saúde de Cuiabá para o governador Mauro Mendes”, acusou.

O pedido do MP foi entregue à Justiça e ficará a cargo da presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Maria Helena Póvoas, analisar e decidir.

Sem descumprimento

O procurador geral adjunto de Cuiabá, Allison Akerley da Silva, pontuou que a interdição, como pedido pelo MP, ocorre em situações excepcionais e gravíssimas.

“A nosso ver, são acusações infundadas, se baseiam no descumprimento de cinco decisões judiciais. Mas não há descumprimento voluntário por parte do Município. Os argumentos dessa ação são infundados e inverídicos, e vamos provar isso. É irrazoável e desproporcional”, avaliou.

Decidido por poucos

Emanuel também criticou a greve anunciada pelos médicos, com início previsto para a próxima semana. O prefeito disse que a decisão pela interrupção das atividades deve ter sido tomada por um grupo pequeno, ligado ao presidente do Sindimed, Adeildo Lucena.

O gestor afirmou que a Capital hoje não enfrenta falta de médicos, mas cobrou também mais empenho por parte dos profissionais. Nesse ponto, Emanuel direcionou o ataque direto ao representante do Sindicato, que não teria feito nenhum atendimento em alguns meses de 2017, antes de assumir a entidade sindical.

“Não falta médico na rede. Tivemos problemas sim, mas hoje o que temos e acontece a sazonalidade do dia a dia”, argumentou sobre a falta de algum profissional no atendimento. Emanuel disse também que não há atrasos de salários.

Greve em xeque

O prefeito e o procurador do município informaram que estão tomando as medidas necessárias para tentar barrar a greve prevista para a próxima semana.

“Não recebemos nada até agora, a nosso ver é uma greve é ilegal”, disse Silva.

Escolha pelo silêncio

Procurado pelo LIVREo procurador geral de Justiça, José Antônio Borges, informou que não vai se manifestar acerca das declarações feitas pelo Prefeito de Cuiabá.

O presidente do Sindimed, Adeildo Lucena, também preferiu não se pronunciar e lembrou que aguarda a decisão da Justiça quanto ao pedido feito pelo MP.

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