O desembargador Guiomar Teodoro Borges, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, deu liberdade aos quatro empresários ligados ao transporte público intermunicipal presos durante a Operação Rota Final.
A decisão foi dada ao presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros de Mato Grosso (Setromat), Júlio Cesar Sales de Lima, e estendida aos outros três presos na operação: Eder Augusto Pinheiro, sócio da Verde Transportes, além dos diretores da empresa, Max William Barros e Wagner Ávila do Nascimento.
Na quarta-feira (25), o desembargador havia decretado a prisão provisória, que tem duração de cinco dias, dos quatro para que prestassem informações às investigações. Júlio Cesar invocou o direito constitucional de ficar em silêncio.
O empresário afirmou que tem um filho portador de necessidades especiais que depende dele, e tem residência fixa. Assim, a continuidade da prisão não seria justificável – o magistrado concordou. Guiomar Borges também levantou o sigilo do processo.
Luis Arnaldo Faria de Mello, diretor da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Ager-MT) Também pode retornar ao cargo. O desembargador reiterou que a proibição imposta a ele de frequentar repartições da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), da Ager-MT e do Setromat, e de manter contato com colegas e filiados de quaisquer destes órgãos, valia por apenas 24 horas.
As investigações do Ministério Público Estadual indicam a existência de um esquema para fraudar e bloquear as licitações do transporte público intermunicipal. Os empresários Éder Pinheiro e Júlio Cesar Sales Lima, dono da Viação Xavante, foram presos temporariamente na quarta-feira (25) durante a deflagração da operação. Os diretores da Verde Max Willian Barros e Wagner Ávila do Nascimento também foram presos.
Os deputados Pedro Satélite e Dilmar Dal Bosco (DEM), o secretário de Estado de Infraestrutura, Marcelo Duarte, e o ex-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (Ager-MT) também são investigados pelo órgão.